A Eletronuclear, operadora das usinas nucleares de Angra dos Reis, reiterou neste domingo que o Plano de Emergência Externo (PEE) para o caso de emergência na central nuclear não está comprometido por conta das quedas de barreiras nas estradas da Costa Verde, no sul do Estado do Rio de Janeiro.
O comunicado foi emitido após o prefeito de Angra dos Reis, Fernando Jordão (MDB/RJ), ter pedido o desligamento das usinas nucleares instaladas no município enquanto as estradas da região estiverem interditadas em decorrência dos temporais. O prefeito teria conversado sobre o assunto com a Procuradoria do Município e com o Ministério da Infraestrutura.
Segundo a Eletronuclear, as usinas nucleares Angra 1 e 2 seguem operando normalmente, a plena capacidade, gerando energia para o Sistema Interligado Nacional (SIN).
A estatal informou que, se fosse necessária, a evacuação de trabalhadores da empresa e da população seria feita pela rodovia BR-101, no sentido de Angra e Paraty. De acordo com a empresa, as obstruções verificadas nessa rodovia federal estão fora das chamadas Zonas de Planejamento de Emergência (ZPE) previstas no plano de emergência das usinas.
"Segundo os procedimentos estabelecidos no plano, em caso de emergência, a evacuação poderia abranger pessoas localizadas num raio de até 5 km da central, que seriam levadas para abrigos situados a até 15 km das usinas. Esses abrigos também não foram atingidos pelas chuvas ou por deslizamentos de terra. Dessa forma, no momento, a ação poderia ser realizada com total eficácia", informou a empresa.
A Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), órgão regulador e fiscalizador do setor nuclear brasileiro, também emitiu uma nota afirmando que "apesar da situação decorrente das condições meteorológicas na região de Angra dos Reis, até o presente momento não há comprometimento das vias de acesso do entorno da central que pudessem impactar na execução do Plano de Emergência".