Economia

Eletronuclear e Rosatom vão construir novas usinas nucleares no Brasil

A Eletrobras e a russa Rosatom assinaram um memorando de entendimento para promover a cooperação no campo da energia nuclear, incluindo construção de novas usinas no Brasil e suporte durante todo seu ciclo de vida (operação, manutenção e descomissionamento).

O documento foi assinado na segunda-feira, 27, pelo vice-diretor geral de Desenvolvimento e Negócios Internacionais da Rosatom, Kirill Komarov, pelo presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, e pelo presidente interino da Eletronuclear, Leonam dos Santos Guimarães.

“Este memorando de entendimento vai promover uma cooperação mútua no uso pacífico da energia nuclear”, disse a Eletrobras em nota nesta terça-feira, 28.

Também estão contemplados no acordo a gestão do combustível nuclear, o prolongamento da vida útil das usinas nucleares existentes no País (Angra 1 e Angra 2), educação e treinamento dos profissionais brasileiros que trabalham no setor e o fortalecimento do conhecimento público sobre o programa nuclear brasileiro.

A parceria entre ambos os países no setor é regulada pelo acordo de cooperação entre os governos da Federação Russa e do Brasil no uso pacífico da energia nuclear, de 15 de setembro de 1994, informou a Eletrobras.

O Brasil possui duas usinas nucleares em operação e uma em construção. Angra 1 começou a operar em 1985 e tem capacidade instalada de 640 megawatts (MW). Angra 2 entrou em operação em 2001, com capacidade instalada de 1.350 MW. Angra 3, gêmea de Angra 2, teve sua construção interrompida após a obra entrar no rol de investigações da operação Lava Jato.

A energia elétrica gerada pelas duas usinas em funcionamento correspondem a cerca de 3% do total gerado pelo País, atendendo cerca de 3 milhões de habitantes.

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