O candidato a prefeito pelo DEM, Eli Correa Filho, que reúne oito partidos ligados a atual administração municipal do PT (PCdoB, PSL, PTN, PMDB, PDT, PENe PRTB) , entrou com duas ações contra os pré-candidatos de oposição Fausto Miguel Martello (PSD) e Carlos Roberto (PSDB). Ele acusa os adversários de ações que configurariam campanha antecipada.
Nos dois casos, a juíza eleitoral Célia Magali Milani Perini concedeu liminares solicitando aos partidos PSDB e PSD que parem imediatamente de veicular as peças em que são acusados. Eli acusa Carlos Roberto de ter colocado pessoas uniformizadas nas ruas e questiona os valores gastos com uniformes, que consistem em camisetas, chapéus e bolsas, além de algumas postagens no Facebook, que considerou ilegal.
Já sobre Martello, alega que há diversos veículos utilizando adesivos fora das especificações autorizadas pela Justiça Eleitoral, além de um outdoor que se configuraria como propaganda antecidada.
As assessorias dos dois candidatos foram procuradas pelo GuarulhosWeb. Ambas informaram que não se pronunciariam porque não foram notificadas. As decisões foram publicadas nesta sexta-feira, dia 29 de julho. A pena para o não cumprimento de cada uma das acusações é multa diária de R$ 25 mil.
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As ações de Eli Corrêa Filho coincidem com um momento em que ele vem recebendo muitas críticas por não ser de Guarulhos e também devido ao processo contra a esposa dele, Francislene Assis de Almeida Corrêa, em que a Justiça já determinou o bloqueio das contas bancárias e de bens dela, da empresa e de familiares.
Em um vídeo postado na noite desta sexta-feira em sua página no Facebook, que utiliza desde o ano passado, anunciando sua intenção de ser prefeito de Guarulhos, com peças em que deixa claro que quer se aproximar dos eleitores e conquistar seus votos, o deputado federal Eli Correa Filho, mais uma vez, tenta se defender das acusações que vem recebendo “de jornais com mentiras distribuídos em toda a cidade”.
Eli lamenta que o chamam de forasteiro, dizendo que está em Guarulhos desde pequeno. No entanto, a mesma juíza Célia Perini, em decisão recente aponta que “se não é um cidadão guarulhense, ou se aqui acabou de chegar, é um forasteiro”. Ou seja, diferente do que o candidato do DEM afirma, as menções não são mentiras.
Em seguida, Eli se refere às publicações que dão conta do processo judicial contra a mulher dele, Francislene Assis de Almeida Corrêa, que recebeu quase R$ 32 milhões por desapropriações de terras na área do Rodoanel Norte. Uma ação no Ministério Público Estadual apontou que haveria irregularidades no pagamento e a Justiça determinou que o valor fosse devolvido, o que não ocorreu.
Eli, mais uma vez, fala em perseguição política, mas a família insiste em não devolver os valores sob judice. Desta forma, em uma primeira decisão, a Justiça bloqueou as contas bancárias de Francislene, familiares e de uma das empresas. Como o valor apurado foi baixo, nesta semana, uma nova decisão decidiu por bloquear os bens da família de Corrêa. Mesmo assim, Eli insiste: “agora querem usar minha esposa para atacar nosso projeto”. E segue relatando que o ponto de vista da família é o correto, em detrimento das decisões judiciais.