Desde o início de dezembro, cerca de 20% dos profissionais de saúde que trabalham na rede municipal do Rio de Janeiro precisaram se afastar periodicamente das funções por conta de contaminação ou suspeita de contaminação por covid-19 ou influenza. Foram aproximadamente 5.500 profissionais afastados, do total de pouco menos de 28 mil, segundo a secretaria municipal de Saúde. Parte deles já cumpriu o período de afastamento, recuperou-se e está de volta ao trabalho.
Entre os profissionais afastados estão médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, farmacêuticos, maqueiros e recepcionistas de unidades de saúde, entre outros.
Segundo a prefeitura, nenhuma unidade de saúde teve o funcionamento alterado por conta dos afastamentos. Mas o problema gera sobrecarga e preocupação.
O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, admitiu a pressão sobre o sistema de saúde causada pelos afastamentos.
Em entrevista ao jornal <i>O Globo</i>, ele afirmou que a maior parte dos afastamentos foi por covid-19. "Isso influencia e gera sim muita pressão sobre o sistema de saúde como um todo, mas nós estamos conseguindo suprir essa força de trabalho, e muitos desses profissionais já estão voltando às atividades. Ainda não adiamos cirurgias ou consultas. Não foi preciso, porque os recentes casos não refletiram em aumento de internações", disse.