Em alta ininterrupta há 33 semanas – desde o Relatório Focus divulgado no dia 12 de abril -, a projeção do mercado financeiro para a inflação em 2021 alcançou dois dígitos, a 10,12%, de 9,77% na semana anterior. Há um mês, estava em 8,96%, conforme o Banco Central.
A estimativa para o índice em 2022 também continuou subindo, de 4,79% para 4,96% – o 18º aumento seguido. Quatro semanas atrás, estava em 4,40%. A mediana para 2022 já encosta no teto da meta (5,00%), sinalizando risco alto do segundo ano consecutivo de descumprimento do objetivo do BC, depois de 2021, em que a banda superior da meta é de 5,25%.
Considerando as 105 respostas nos últimos cinco dias úteis, a expectativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2021 passou de 10,10% para 10,16%. Para 2022, também foram feitas 105 atualizações nos últimos cinco dias, com a estimativa variando de 4,90% para 5,00%.
O Relatório também voltou a dar sinais de desancoragem em horizontes mais longos. A mediana para o IPCA em 2023 saltou 0,10 ponto porcentual, de 3,32% pra 3,42%. No caso de 2024, a previsão passou de 3,09% para 3,10%. Há quatro semanas, essas projeções eram de 3,27% e 3,02%, respectivamente.
A meta para 2023 é de inflação de 3,25%, com margem de 1,5 ponto (de 1,75% a 4,75%). Já para 2024 o objetivo é de 3,00%, com margem de 1,5 ponto (de 1,5% para 4,5%).
No comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) de outubro, o BC atualizou suas projeções para a inflação com estimativas de 9,5% em 2021, 4,1% em 2022 e 3,1% em 2023. O colegiado elevou a Selic em 1,5 ponto porcentual, para 7,75% ao ano.
O BC deixou de publicar, no documento do Focus, as projeções sobre o Top 5. Estes dados podem ser consultados no Sistema de Expectativas de Mercado.