Política

Em clima de campanha, Dilma ironiza a falta de água em SP

A presidente Dilma Rousseff (PT) esteve em Guarulhos nesta quinta-feira, na boate King, para receber o apoio da CUT à sua candidatura à reeleição. 
 
O evento que contou com cerca de 1.500 militantes do PT, além do candidato a governador Alexandre Padilha, entre outros candidatos e políticos do partido, foi realizado na boate King, na avenida Monteiro Lobato, que precisou ser fechada ao trânsito desde o período da manhã. 
 
Dilma chegou ao local por volta das 16h30 e foi recebida por uma multidão de militantes, que empunhavam bandeiras de diversas candidaturas de deputados do partido. Segundo organizadores, cerca de 800 pessoas acompanharam o discurso na parte interna da boate e outras 700 do lado de fora. 
 
Com um discurso de candidata, Dilma tentou desqualificar o partido de seu principal oponente, o PSDB do senador Aécio Neves. Já no final de sua fala, ela debochou o problema de falta de água que atinge a região metropolitana de São Paulo, colocando a questão na conta do governador Geraldo Alckmin. “No Brasil não vai faltar energia, mas em São Paulo vai faltar água”, disse em tom de deboche.
 
Dilma agradeceu a formalização de apoio da CUT a sua reeleição e afirmou que desde a adesão da central sindical em 2010 é "comprometida com os trabalhadores". "Eu não traio meus princípios, não traio meus compromissos e não traio a minha parceria", afirmou. A presidente afirmou que tem um compromisso com a valorização do salário mínimo e disse que essa política foi uma das responsáveis por reduzir a desigualdade no País.
 
O ato teve apoio da CUT, mas foi pago pela campanha petista. A presidente Dilma estava acompanhada do presidente nacional do PT, Rui Falcão, o coordenador de sua campanha em São Paulo, Luiz Marinho, e o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, do ministro das Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, e o candidato ao governo do Estado, Alexandre Padilha
 
Para o público formado principalmente por sindicalistas ligados à CUT, além de militantes petistas, Dilma deu o tom de sua campanha logo no início do discurso, tentando tirar proveito do sucesso na realização da Copa do Mundo no Brasil."Muito se falou que nada iria dar certo e que deveria devolver a Copa para a Fifa porque seria um fracasso. Mas não foi isso que aconteceu". 
 
Em seguida, a presidente falou por cerca de meia hora sobre o que julga ter sido conquistas de seu governo. Confira alguns trechos de seu discurso:
 
"A nossa luta é por valorizar ainda mais o salário mínimo. O Brasil mudou de patamar, mas estamos enfrentando a maior crise econômica dos último 85 anos. Estamos enfrentando em condições de desenvolver mais e preservar o emprego, que é a condição mais importante do cidadão e a educação. A lei destina 70% dos royalties do petróleo e 50% do pré sal para transformar a educação”.
 
"Nós teremos que ter padrão de salário e qualificação dos professores. Não podemos achar que é só os meninos, mas cuidar do acesso ao ensino universitário e aquele que trabalha individualmente o MEI (micro empreendodor individual)”.
 
“É um novo ciclo. Temos que ampliar o Minha Casa Minha Vida. Vamos fazer mais 3 milhões de casas”. 
 
“Nós conseguimos trazer mais de 14 mil médicos para atender mais de 50 milhões de habitantes”.
 
“Precisamos assegurar atendimento sem aquela demora. O Brasil tem que ficar cada vez mais produtivo”.
 
"A gente sabe que o Brasil foi o país que mais reduziu a desigualdade social. O Bolsa Família e a valorização do salário mínino foram fatores determinantes. A maioria mudou de vida"
 
"Vamos superar a crise, até porque nós garantimos o emprego. Na minha gestão foram 5 milhões"
 
“Nós temos 380 milhões de dólares e esperamos não recorrer mais ao FMI como nas últimas gestões”.
 
“No Brasil não vai faltar energia, mas em São Paulo vai faltar água”.
 
 
 
 

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