O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, fará na quinta-feira, 14, uma apresentação com o tema: “Refugiados – Desafio no Oriente Médio e a experiência brasileira” durante a conferência de paz sobre o Oriente Médio que se realiza em Varsóvia, na Polônia. O apoio brasileiro a migrantes da Venezuela é apontado como um exemplo de sucesso.
Segundo fontes do governo brasileiro, a conferência não é negociadora e não se espera que sejam tomadas posições. A proposta é fazer uma “discussão franca” sobre a crise na região, o que é visto como uma “oportunidade diplomática”.
A realização conferência foi anunciada em janeiro pelo secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, e é vista como uma tentativa de isolar o Irã. A iniciativa é vista com reticência, por exemplo, pela Europa. De acordo com a imprensa local, a representante para Política Externa e Segurança, Federica Mogherini, boicotou o encontro. Outros países optaram por enviar um nível baixo de representação. A Rússia, aliada do Irã, anunciou que não participará.
Declaradamente alinhado aos EUA, o Brasil estará presente. Em contraponto às notícias que o evento está esvaziado, integrantes do governo brasileiro destacam a participação de países importantes da região: Arábia Saudita, Emirados Árabes, Catar e Israel. Também ressalta a presença de chanceleres de países como o Japão, o Reino Unido, a Itália e o Canadá.