Em Curitiba, Rafael Greca é reeleito

O prefeito de Curitiba Rafael Greca (DEM), foi reeleito prefeito da capital paranaense com 59,77% dos votos válidos (o equivalente a 465.889 votos), após a apuração de 95% das urnas. O segundo colocado foi o deputado estadual Goura Nataraj (PDT), com 13,26%, equivalente a 105.545 votos.

Logo após a vitória, Greca agradeceu o apoio dos seus eleitores. "Foi um ano em que fomos fustigados por uma pandemia, uma campanha difícil com adversários que usavam o desaforo na proporção da ausência de argumentos, mas agradeço a cada um de vocês que ergueram nossa gestão ao patamar de reconhecimento de termos a alegria de sermos o primeiro prefeito eleito proclamado nesta noite", avaliou.

Greca irá comandar a Prefeitura de Curitiba pela terceira vez. "É com imensa alegria que assumo pela terceira vez a obrigação de navegar comigo em todas as necessidades, energias, alegrias e dores de nossa amada Curitiba", comentou.

O prefeito disse ter encontrado muitas dificuldades devido à pandemia. "Nenhuma eleição é fácil, é muito pesado, é um processo de tensão, envolvimento e percepção da população, ela foi singular, pois não tivemos reuniões, comícios, o corpo a corpo com as pessoas, poucas visitas simbólicas em casa de famílias, foi uma caminhada penosa", disse.

Sobre sua campanha, Greca disse que o município tinha muitos trabalhos realizados e com isso conquistou o reconhecimento da população. "Fiquei feliz com a qualidade da campanha, pois tínhamos grande folha de serviços e tínhamos o que mostrar em um imenso plano de governo com 250 propostas", avaliou.

A reeleição de Greca confirmou a projeção da pesquisa Ibope que apontava sua reeleição com 56% dos votos. Para sua reeleição, Greca contou com o apoio do governador Carlos Massa Ratinho Júnior, que indicou o vice-prefeito Eduardo Pimentel (PSD) na chapa encabeçada por Greca.

<b>Governador</b>

Durante coletiva realizada na sede do TRE-PR, o prefeito agradeceu o apoio do governador do Estado. "Queria muito agradecer ao Eduardo (Pimentel) como meu vice-prefeito, ele que ajudou muito em nossa campanha, a organizar para termos esse resultado ainda no primeiro tempo, também sou muito grato ao apoio do Eduardo e do governador Ratinho Júnior", comentou.
Antes do processo eleitoral, o governador impediu seu secretário de Justiça, Ney Leprevost (PSD) de concorrer ao pleito em favor de Eduardo Pimentel, ex-tucano que se filiou ao partido de Ratinho e ganhou a credencial para ser o vice de Greca.

Na última eleição, Leprevost havia disputado o segundo turno com Greca, quase saiu vitorioso e seu nome era considerado como um dos principais adversários do atual prefeito e poderia colocar em risco o plano político de Ratinho Júnior.

Além de Leprevost, o deputado federal Gustavo Fruet (PDT) também teria peso eleitoral, mas no dia da convenção partidária alegou não ter apoio financeiro e nem de suporte do seu próprio seu partido para a disputa na capital.

Durante a campanha, o prefeito chegou a ser internado por ter contraído a covid-19. Greca já ocupava a liderança nas pesquisas e não participou do debate realizado pela Band TV, e nos outros realizados em praças públicas, intitulados como Palco Aberto, como forma de protesto à falta de diálogo do prefeito na campanha.

Nas últimas semanas, o candidato a prefeito, deputado estadual Fernando Francischini (PSL) apresentou denúncias contra Greca sobre possíveis favorecimentos do atual prefeito em negócios da Prefeitura com empresas ligadas a familiares. Apesar do impacto inicial, o prefeito entrou na Justiça e conseguiu direito de resposta nos últimos programas eleitorais de Francischini, que terminou a eleição em terceiro lugar.

Questionado sobre o desempenho de seus adversários, Greca alfinetou. "Não preciso avaliar, pois o povo avaliou e deu a cada um o seu tamanho", disse.
As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>

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