Como único deputado federal pelo Estado de São Paulo diretamente ligado à indústria, identifiquei um grande espaço junto ao Congresso Nacional para a defesa dos setores produtivos. Tenho a convicção de que a bandeira do produtivismo não se limita à indústria, mas a todos os setores que geram emprego e renda no país.
O xis da questão reside em buscar soluções e ações para incentivar o setor produtivo, tirando entraves e barreiras, sempre impostas por aqueles que não têm interesse no desenvolvimento. Entretanto, os obstáculos estão acomodados no poder. Na primeira audiência pública, na comissão de transportes e viação da Câmara, com o presidente do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), Luiz Antonio Pagot, ficou evidente como os representantes do governo federal se escondem atrás de uma série de dificuldades para não resolver os problemas.
As obras de infraestrutura e transporte são de primeira necessidade. É impossível o desenvolvimento com um governo tão atrasado como o petista. As rodovias são usadas para escoar os produtos do agronegócio. O governo tem responsabilidade sobre as mortes nas estradas. Mas o representante da presidente Dilma Roussef se limita a falar que faltam recursos, que é conhecedor dos problemas, mas não dá para resolver tudo de uma hora para outra.
Nessas horas, vale a velha máxima de “quem não tem competência, não se estabelece”. Precisamos exigir que essas pessoas, que detém cargos por indicações políticas, atuem em favor da população e não a serviço do partido que busca se perpetuar no poder. As obras devem ser encaradas como prioridade em favor dos setores produtivos. Mas não é assim que eles vêem. Apenas empurram os problemas com a barriga para apresentar soluções, nem sempre as melhores, em ano eleitoral.
Como produtivista, vou bater forte nesta tecla. Precisamos produzir mais, melhor e mais barato, como forma de incentivar a produção e gerar empregos. Só assim vamos conseguir melhorar a vida das pessoas, que é o que mais importa neste mandato que me foi concedido pela população. Chega de vender comoditties por preços aviltantes. Está errado exportar minério de ferro e comprar carros chineses prontos. Vamos produzir e gerar empregos aqui. Só assim estaremos defendendo os interesses dos trabalhadores.
Carlos Roberto de Campos
Empresário, deputado federal e presidente do Diretório Municipal do PSDB, escreve às sextas-feiras
