Cidades

Em dia de greve de sindicalistas e sem ônibus, guarulhense volta para casa

A greve geral convocada por centrais sindicais contra as reformas trabalhistas e da Previdência complicou a vida dos guarulhenses que dependiam de transporte público, já que os organizadores do movimento conseguiram parar os ônibus municipais e intermunicipais. Além de algumas entidades mais organizadas como o Sindicato dos Metalúrgicos e dos Químicos, que promoveram piquetes nas portas de fábrica pela manhã, o ato não afetou o dia de trabalho de milhares de pessoas, que encontraram alguma forma de chegar ao serviço. 
 
Os serviços públicos municipais praticamente não foram afetados. Segundo a Prefeitura de Guarulhos, o atendimento médico em hospitais públicos e unidades de saúde do município seguiu a normalidade, assim como o atendimento nos serviços do Fácil. Parte das escolas municipais teve as aulas prejudicadas, principalmente pelo fato de muitos pais não conseguirem levar os alunos por questões de segurança ou falta de transporte. 
 
O Stap (Sindicato dos Trabalhadores da Administração Municipal), que chegou a anunciar que conseguiria adesão de 80% do funcionalismo, não conseguiu reuniu mais do que 200 servidores em ato realizado na praça Getúlio Vargas, a partir das 11h. Apenas com a ajuda de outros sindicatos que se concentraram no mesmo local, partiu com uma passeata pelas ruas centrais a partir das 14h, prejudicando o trânsito na região. Por volta das 15h40, eles chegaram a interromper  trânsito na rodovia Presidente Dutra, no sentido de São Paulo. Mas pouco mais de 10 minutos depois, a Polícia Rodoviária Federal dispersou o pequeno grupo de manifestantes. 
 
A paralisação dos ônibus, que incluiu também os permissionários, que foram ameaçados por sindicalistas de ter seus veículos depredados caso fossem às ruas, teve início a partir da 0h desta sexta-feira. Os veículos permaneceram nas garagens durante todo o dia desrespeitando a liminar que exigia 70% da frota em horário de pico. Segundo a Prefeitura, os permissionários tentaram operar os microônibus entre 8h30 e 11h, entretanto, houve vandalismo e intimidação, acarretando no recolhimento da frota.
 
 
A Secretaria de Transportes e Trânsito liberou as faixas exclusivas de ônibus durante todo o dia, assim como isentou as áreas com Zona Azul do pagamento de estacionamento, como medida para facilitar o transporte por automóveis. Não foram registrados, durante todo o dia, pontos de congestionamentos mais intensos por toda a cidade, com excessão das rodovias. Segundo a pasta, o movimento foi inferior ao de sextas-feiras normais. 
 
As principais rodovias que cortam Guarulhos, como a Dutra e a Helio Smidt, que dá acesso ao Aeroporto Internacional, foram alvo de interdições durante todo o dia. Sempre pequenos grupos de manifestantes procuravam fechar determinados trechos por poucos minutos, até que a PRF chegasse e liberasse as pistas. 
 
O Sindicato dos Metalúrgicos informou que conseguiu parar 25 mil trabalhadores, sem especificar se foi durante todo o dia ou por algumas horas, durante os atos nas portas de fábrica. Já os Químicos se limitaram a divulgar que percorreram empresas da categoria, entre como a Axalta e Karina e estiveram em  diferentes pontos da rodovia Presidente Dutra, região de Bonsucesso, nos dois sentidos,  na Hélio Smidt, no acesso ao Aeroporto, Cumbica, e Centro de Guarulhos  para  a paralisação geral.
 
 
No início desta noite, as cerca de 60 câmeras do Centro Integrado de Inteligência de Guarulhos seguem monitorando a cidade. Representantes da Guarda Civil Municipal (GCM), Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar, Aeronáutica, Polícia Federal e técnicos da STT estão no acompanhando a movimentação das ruas.
 

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