O dia de paralisação dos entregadores de aplicativos começou por volta das 9 horas desta quarta-feira com protestos em ao menos 15 pontos da capital paulista. Por volta das 10 horas, cerca de mil entregadores se reuniram na sede do sindicato da categoria, o Sindimoto, que não participou da organização e aderiu ao movimento depois.
Eles saíram em marcha pela Marginal Pinheiros até o Tribunal Regional do Trabalho (TRT), na Avenida da Consolação, onde realizaram um buzinaço.
Desde cedo, grupos de motoboys se aglomeram em frente a restaurantes do McDonalds, supermercados e shoppings centers. Por volta das 12 horas, eram registrados pelo menos 15 pontos de concentração.
Apesar da mobilização nas ruas, as empresas de aplicativos não relatavam problemas ou anormalidades na recepção dos pedidos.
Segundo o iFodd, que tem 145 mil entregadores cadastrados em seu sistema, o serviço de entregas trabalhava às 12 horas dentro da média dos demais dias.
Segundo a plataforma Über Eats também não foram relatados problemas com entregas. A empresa estuda usar os motoristas de aplicativo para realizar entregas caso a demanda aumente acima da oferta de motoboys.
A Rappi também diz que, pela manhã, o sistema e o serviço de entregas operava normalmente.
A Loggi não respondeu à reportagem.
<b>WhatsApp</b>
Organizada por WhatsApp, os entregadores reivindicam desde a definição de uma taxa fixa mínima de entrega por quilômetro rodado até o aumento dos valores repassados aos entregadores por serviços realizados.
A categoria também cobra das empresas uma ajuda de custo para a aquisição de equipamentos de proteção contra a covid-19, como máscaras e luvas.
As empresas afirmam que estão fornecendo os equipamentos e que o movimento tem inspiração na greve dos caminhoneiros de maio de 2018, que se deu sem o protagonismo dos sindicatos e foi tocada por lideranças desconhecidas do setor.