Em dia de definição da última Ptax de fevereiro, os "comprados" em câmbio (que apostaram na alta do dólar) mostram sua força em meio à busca de proteção pelas incertezas econômicas com o coronavírus e o dólar segue em alta, pelo oitavo dia seguido.
A moeda americana volta a operar acima dos R$ 4,50 ante o real nesta sexta-feira, 28, mesmo com mais um leilão de US$ 1 bilhão em swap cambial hoje, o terceiro da semana e atípico para o último dia do mês. O BC também faz rolagens de vencimentos de outros US$ 3,650 bilhões em linha e swap, mas que têm o objetivo apenas de aliviar a demanda pela moeda.
A pressão compradora interna acompanha o ritmo externo de alta da divisa dos EUA ante outras moedas emergentes ligadas a commodities. Petróleo em sua sexta queda seguida e também o recuo do cobre em consequência dos efeitos do coronavírus sobre a demanda mundial por matérias-primas justificam o movimento de busca por segurança em dólar em mercados emergentes e em iene.
No exterior, o índice DXY, que mede a variação do dólar ante uma cesta de seis rivais fortes, recua, refletindo 100% das apostas no CME Group, em Chicago, de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) cortará a taxa básica de juros dos Estados Unidos em 0,25 pontos-base na reunião de março, visando conter os impactos do coronavírus sobre a economia do país.
Às 9h27 desta sexta, o dólar à vista subia 0,38%, a R$ 4,4938. Na máxima, registrou R$ 4,5073 (+0,69%). O dólar futuro para abril, que passa a ser o mais negociado a partir de hoje, avançava 0,13%, a R$ 4,5045, com proximidade da oferta de swap, ante máxima em R$ 4,5155 (+0,38%).