No Dia Mundial do Alzheimer, celebrado nesta terça-feira, 21, neurologistas do Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina da USP, alertam para a doença, de causa desconhecida, que atinge 5% da população com mais de 65 anos. Após os 80, a prevalência da doença é de 15%. No Brasil, estima-se que 700 mil pessoas sofrem com o mal.
O diagnóstico precoce e o tratamento adequado garantem ao paciente uma vida mais longa e com mais qualidade. Avaliações neuropsicológicas, fonoaudiológicas e exames de neuroimagem são os principais instrumentos para uma rápida comprovação.
"Quanto mais cedo o mal de Alzheimer for identificado, mais tempo o paciente manterá suas funções cognitivas preservadas", explica o neurologista Ricardo Nitrini, também coordenador do Centro de Referência em Distúrbios Cognitivos (CEREDIC) do HC.
O Mal de Alzheimer é uma doença degenerativa que causa a morte gradual dos neurônios, provoca perda de memória e de outras funções cognitivas, como raciocínio, juízo crítico, orientação e outras.
No início, a pessoa apresenta pequenos lapsos de memória, alterações de comportamento, desorientação espacial e dificuldades em realizar tarefas corriqueiras, como se alimentar ou se vestir. Nos estágios mais avançados, não reconhece os familiares e nem os amigos. Com o tempo, perde a identidade e tornar-se dependente.
A assistência deve obedecer cada fase da evolução do processo demencial para melhoria dos sintomas, explica Nitrini, uma vez que não há tratamento capaz de impedir ou curar a doença.
Nas fases iniciais e intermediárias predominam-se as técnicas de reabilitação, as táticas de readaptação e os psicofármacos. Na fase avançada, o tratamento é voltado a co-morbidades, comuns em pacientes com afecções crônicas debilitantes e aos cuidados de enfermagem.