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Em evento no RJ, Dilma diz que governo garantirá não só obras, mas resgate social

Em cerimônia de comemoração aos 450 anos do Rio, no Palácio da Cidade, em Botafogo, neste domingo (1º), Dilma Rousseff reiterou que o governo federal estará presente para dar continuidade às parcerias com o governo e a prefeitura do Rio de Janeiro. “Estaremos presentes para garantir não só as obras, mas também o resgate social”, afirmou a presidente. Entre os projetos que contaram com a participação do governo federal, Dilma deu destaque à operação Porto Maravilha, da qual faz parte o Túnel Rio 450, inaugurado em evento no início da tarde. “A operação Porto Maravilha representa o resgate de todo um processo. Ela integra novamente a cidade ao seu centro histórico, à beleza natural”, afirmou a presidente, que criticou o processo que nas últimas décadas dividiu o litoral do morro.

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que é carioca, também fez parte da homenagem, mas apenas da plateia. De acordo com a assessoria de imprensa do evento, ele e Dilma se cumprimentaram e tiveram uma rápida conversa antes da cerimônia. Essa é a primeira vez que Levy e Dilma se encontram após a “puxada de orelha” de ontem, quando a presidente classificou como “infeliz” as declarações do ministro sobre a política de desoneração da folha de pagamentos, marca da primeira gestão da presidente no comando do Palácio do Planalto.

Na última sexta-feira (27), ao anunciar um pacote de aumento de impostos e redução de benefícios a empresas, Levy fez críticas ao programa de desoneração. “A troca entre a folha e o faturamento não era muito vantajosa”, disse, naquela oportunidade. Segundo ele, a “brincadeira” custou R$ 25 bilhões aos cofres públicos. No mesmo dia, segundo fontes, Dilma, que estava no Rio Grande do Sul, telefonou para o ministro, que estava em Brasília, e o repreendeu pelas declarações feitas.

Durante a cerimônia de aniversário do Rio, entre os diversos elogios feitos por Dilma ao prefeito Eduardo Paes (PMDB) e ao governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), a presidente disse que foi um ato de coragem ter destruído a Perimetral para a construção do corredor cultural. Tido como desafeto de Dilma, o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), também estava presente no evento. Citando importantes fatos históricos ocorridos no Rio, a presidente foi aplaudida ao lembrar da escravidão e afirmar que é preciso continuar a luta contra a discriminação racial no Brasil.

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