À espera do presidente diplomado Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a ser empossado neste domingo, 1º, apoiadores do novo governo em festa na Praça dos Três Poderes entoam um grito de ordem para defender que a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) passe a faixa presencial ao padrinho político.
O coro de "Dilma passa a faixa" é ouvido por quem está próximo ao parlatório e à rampa do Palácio do Planalto, justamente onde poderá haver a troca de faixa.
Pelo rito, Jair Bolsonaro (PL) deveria entregar o símbolo a Lula, mas o agora ex-presidente deixou o País na sexta-feira, 30, para não precisar fazê-lo. Ele foi aos Estados Unidos em avião da Força Aérea Brasileira sem data para voltar.
Ter Dilma como a responsável pela passagem da faixa é uma defesa de alas do PT como um desagravo à ex-presidente, que foi deposta em 2016 em um processo de impeachment classificado pela esquerda como um golpe.
Até o momento, não há qualquer definição oficial sobre quem vai passar a faixa. Como mostrou mais cedo o <b>Broadcast Político</b>, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, porém, o papel deve cair para representantes da sociedade civil.
Os ex-presidentes da República Dilma Rousseff e José Sarney já chegaram ao Salão Branco do Congresso Nacional para a posse de Luiz Inácio Lula da Silva, mas não falaram com a imprensa. "Sou apenas um retrato na parede", minimizou Sarney ao se dirigir a um elevador privativo, o qual a imprensa não tem acesso.
Também chegaram ao local sem falar com jornalistas o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e o seu colega na Suprema Corte, Ricardo Lewandowski.