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Em inauguração de comitê em BH, Pimentel critica PSDB

O governo de Minas Gerais, do PSDB, continua a ser alvo das críticas do candidato a governador Fernando Pimentel (PT). No discurso na inauguração do comitê central da campanha, Pimentel insistiu em falar do “abandono” da gestão tucana ao atendimento à população mineira e citou o aeroporto de Cláudio, construído pelo governo do Estado nos anos 1980, em fazenda que pertencia a um parente do candidato a presidente Aécio Neves (PSDB). As afirmações do candidato do PT a governador de Minas Gerais são feitas um dia depois de ele declarar que não falaria sobre o assunto na campanha. O caso do aeroporto veio à tona em reportagem do Folha de S.Paulo.

“(…) Doze anos no governo federal é pouco, queremos mais. Mas dois anos de PSDB em Minas Gerais não dá mais. Quais as obras que eles entregaram em 12 anos? Não vale aeroporto na fazenda do titio (…). A educação em Minas é a pior do País, não fizeram hospitais regionais. (…) Para o povo, foi nada. Para a elite, foi tudo. (…) Vamos reeleger a presidente Dilma e aqui em Minas Gerais teremos um choque de carinho”, afirmou, no evento da inauguração do comitê. No palanque, Pimentel estava acompanhado do candidato à vice-governador Antônio Andrade (PMDB) e do coordenador da campanha, Helvécio Magalhães.

Um pouco antes, em conversa com a imprensa, o candidato do PT a governador de Minas disse estar preocupado com a perda de competitividade do Estado frente às outras unidades da Federação. Pesquisa divulgada nesta segunda-feira (28) pelo Centro de Liderança Pública (CLP), organização sem fins lucrativos dedicada ao desenvolvimento de líderes públicos, em parceria com a Economist Intelligence Unit (EIU), unidade de pesquisas da revista The Economist, mostrou que o Estado perdeu três posições no ranking, da 3ª para a 6ª.

“A pesquisa é baseada em indicadores do Estado, como ambiente de negócios, legislação tributária, leis de regulação. Mostra, mais uma vez, ausência de projeto de desenvolvimento econômico nesses 12 anos longos anos de governo tucano em Minas. Nesse período, eles não foram capazes de trazer para o Estado a pujança que o Brasil inteiro experimentou nos dois mandatos de Lula e de um de Dilma. Nós estamos andando para trás”, declarou. O objetivo de Pimentel é, se eleito, ter um projeto de desenvolvimento econômico “que se preocupe de fato com Minas do jeito que é, real”.

Comitê

O comitê central reunirá no mesmo local a equipe de campanha estadual da presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição. Localizado na Avenida Afonso Pena, no centro de Belo Horizonte, o fluxo diário é de 150 pessoas circulando no prédio de três andares. “Do ponto de vista logístico, achamos melhor um comitê que reunisse as duas campanhas. Elas já estão voltadas numa mesma direção, acopladas, estamos o tempo todo trocando informações. Se tudo correr bem, vamos fazer festa da vitória aqui nesse comitê: a da vitória da Dilma e a nossa, se Deus quiser e se o povo ajudar”, afirmou, admitindo que queria que a inauguração fosse feita até antes desta terça-feira (29), mas questões burocráticas não permitiram.

Nesta terça-feira, na abertura, havia aproximadamente 50 pessoas com faixas na calçada onde fica o local, na maioria jovens. No salão principal, cerca de cem pessoas ouviram os discursos dos políticos, entre militantes, deputados e candidatos.

Josué

O candidato a senador Josué Alencar (PMDB) chegou depois dos pronunciamentos no evento de inauguração do comitê. À imprensa, disse que é uma “honra” ter Dilma e Lula juntos em Montes Claros (MG), nesta sexta-feira (01). A cidade é ligada à família de Alencar e sede da Coteminas, empresa têxtil da qual é presidente. “É um palanque unido e vai dar prosseguimento ao grande progresso que o Brasil tem experimentado nos últimos 12 anos e trazê-lo para Minas, com Pimentel”, declarou. Na ocasião, a candidatura de Alencar será oficializada.

De acordo com ele, uma das ideias que defenderá na campanha é a simplificação. “Acho que o Brasil hoje está complexo tanto para o cidadão quanto para as empresas, principalmente as micro e pequenas. Para empreender, é preciso que haja simplificação das normas e leis do Brasil”, disse. Alencar citou o Simples, no campo tributário, que, segundo ele, se tornou “complexo”, tornando inviáveis os negócios.

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