O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, reforçou o apoio à Ucrânia, em visita a Kiev. Em discurso ao lado do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, o britânico afirmou que seu país é "um aliado firme e duradouro da Ucrânia e um defensor da soberania e integridade territorial" do país. Johnson citou a grande concentração de tropas russas na fronteira e disse ser vital que Moscou "dê um passo atrás e escolha o caminho da diplomacia".
Segundo o primeiro-ministro, observamos a "maior demonstração de hostilidade contra a Ucrânia nas nossas vidas". Johnson disse que seu governo está "preparando um pacote de sanções junto a outros países para ser ativado no momento em que a Rússia ultrapassar o território ucraniano". Além disso, o britânico anunciou 88 milhões de libras para apoiar "a boa governança e segurança energética" à Kiev. Ele afirmou que um confronto seria um desastre político e humanitário e lembrou das mais de 13 mil pessoas que morreram em quase uma década de guerra no Leste do país, após os conflitos iniciados em 2014.
O líder disse, ainda, que "a diplomacia ainda é possível, queremos engajar em diálogo", e que o Reino Unido será julgado pelos ucranianos e pelo mundo pela forma que agir na atual crise. Segundo o premiê, não há hostilidade contra Rússia, mas defesa da soberania da Ucrânia. Em uma demanda de Moscou, a de que certos novos integrantes não sejam aceitos na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), o que vem sendo rechaçado, Johnson afirmou que "Kiev tem direito inalienável de escolher quais organização irá integrar".