Economia

Em linha com tendência externa, dólar fecha em alta ante o real

Após a população grega ter rejeitado no plebiscito deste domingo, 5, as condições impostas pelos credores para um acordo, os ativos globais passaram por uma correção diante do aumento da possibilidade da Grécia sair da zona do euro.

O dólar à vista fechou esta segunda-feira em R$ 3,1490 (+0,41%) no balcão, tendo oscilado da máxima de R$ 3,1510 à mínima de R$ 3,1320. O volume, às 16h44, era de apenas US$ 578 milhões no segmento à vista. O dólar para agosto subia 0,35%, aos R$ 3,1750.

A moeda norte-americana abriu em alta, em linha com a tendência externa e favorecida ainda por tensões relacionadas ao quadro político interno. No fim de semana, líderes do PSDB defenderam a convocação de novas eleições para presidente da República, durante convenção do partido.

Segundo fontes, o fato reforçou as preocupações do Planalto sobre um eventual pedido de impeachment de Dilma Rousseff pela oposição, levando a presidente a convocar de última hora uma reunião do conselho político para avaliar a atual conjuntura. Será logo mais, as 18 horas.

Mas foi mesmo a Grécia o grande catalisador dos mercados nesta segunda-feira, pois resta saber como ficará a situação após a vitória do “não” no plebiscito.

Vários analistas dizem que cresceram substancialmente as chances de o país deixar a zona do euro. Para tentar um novo acordo, amanhã, líderes europeus e membros do Eurogrupo se reúnem para discutir a situação após a consulta popular.

Ao menos uma das principais preocupações, a da insolvência dos bancos, está controlada no curto prazo, pois o Banco Central Europeu (BCE) manteve o teto para empréstimos emergenciais aos bancos gregos e se diz pronto para usar todas as ferramentas possíveis, se necessário. As instituições financeiras na Grécia estarão fechadas até quarta-feira.

Ainda pela manhã, o dólar chegou a desacelerar a alta e virar para a queda ante o real, pontualmente, na medida em que no exterior houve um certo alívio para o euro. Mas o movimento não se sustentou e a moeda voltou a subir. Perto das 17 horas, o euro caía a US$ 1,105.

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