Internacional

Em Londres, premiê de Israel pressiona por mais sanções contra o Irã

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, pediu nesta segunda-feira que os líderes ocidentais se unam à postura do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e imponham novas sanções contra o Irã. Antes de uma reunião em Londres com a premiê do Reino Unido, Theresa May, Netanyahu disse que países “responsáveis” deveriam seguir o exemplo de Washington para conter a suposta agressão iraniana.

“O Irã quer aniquilar Israel. Ele diz isso abertamente. Quer conquistar o Oriente Médio, ameaça a Europa, ameaça o Ocidente, ameaça o mundo”, afirmou Netanyahu. “Por isso eu saúdo a insistência do presidente Trump de impor novas sanções contra o Irã. Eu acho que outras nações devem segui-lo em breve, certamente as nações responsáveis”, argumentou.

Teerã testou recentemente um míssil balístico, o que gerou condenação do novo governo americano. A nova administração impôs uma série de sanções contra dezenas de entidades ligadas ao Irã, na sexta-feira. O Irã também foi listado entre os sete países de maioria muçulmana cujos cidadãos tiveram permissão de entrada suspensa no país. Posteriormente, um juiz federal suspendeu essa decisão do governo Trump.

Autoridades graduadas dos EUA disseram que as sanções marcam o início de uma campanha de escalada para confrontar Teerã no Oriente Médio e refrear suas capacidades militares. Netanyahu deve visitar a Casa Branca em 15 de outubro para se reunir com Trump.

Antes da reunião com Netanyahu, May disse que desejava discutir o caso do Irã, mas não informou se o Reino Unido apoia uma postura mais dura com o regime de Teerã. O Reino Unido é um dos países que fecharam com o Irã um acordo para limitar a capacidade nuclear do país persa, em troca do relaxamento de sanções internacionais. Trump criticou o acordo e ameaçou tentar renegociá-lo.

May afirmou que o Reino Unido segue a favor de uma solução com dois Estados para o conflito entre israelenses e palestinos. O governo britânico disse ser contrário às construções de assentamentos israelenses na Cisjordânia, onde os palestinos pretendem ter parte de seu futuro Estado independente. Nesta segunda-feira, o Parlamento israelense pode aprovar a legalização de milhares de casas israelenses na Cisjordânia.

No setor comercial, o Reino Unido quer fechar acordos de livre-comércio antes de sua saída formal da União Europeia, marcada para o início de 2019. Fonte: Dow Jones Newswires.

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