A pivô Érika é o grande nome do basquete brasileiro feminino nesta década. Mesmo assim, sem explicação, ficou fora da convocação do então técnico Luiz Zanon para o evento-teste do Rio-2016. Nesta quarta-feira, ela foi chamada para a competição, listada pelo técnico Antônio Carlos Barbosa, que substituiu Zanon há duas semanas.
A ausência de Érika na primeira lista havia sido entendida como um sinal de que a Confederação Brasileira de Basquete (CBB) acreditava que os clubes não eram obrigados a liberar suas atletas para o evento-teste. Érika atua na Turquia e todas as convocadas por Zanon jogam no Brasil.
Agora, a veterana é chamada num momento no qual os clubes brasileiros prometem boicotar o evento-teste, não liberando suas atletas para o torneio. Érika foi convocada porque Damiris, do Corinthians/Americana, pediu dispensa à CBB alegando uma fratura por estresse na tíbia da perna esquerda.
“Mais uma vez a Érika se colocou à disposição para defender o Brasil, assim como outras atletas. A Érika sempre demonstrou responsabilidade e amor pelo seu país. Para mim a presença dela é sempre motivo de orgulho, já que sua primeira participação na equipe adulta foi comigo na Copa América de 2001”, comentou Barbosa.
Também a pivô Nádia Colhado foi cortada, por conta de um edema ósseo no joelho direito. Para o lugar dela foi chamada a também veterana Karina Jacob, que está defendendo o Sampaio Corrêa. O clube do Maranhão é o único da Liga de Basquete Feminino (LBF) que se comprometeu a liberar atletas para o evento-teste.
Apesar do boicote prometido pelos clubes, a convocação para o evento-teste está mantida. A seleção se apresenta na próxima quarta-feira, em São Paulo, e fará amistosos contra Argentina e Austrália antes do torneio no Rio.