Depois de desentendimentos em reunião realizada nesta terça-feira (15) para discutir um acordo político com PSDB, Podemos ou PDT, o Diretório Nacional do Cidadania aprovou a possibilidade de federação sem definir com qual legenda. No próximo sábado (19) o grupo se reunirá para votar a escolha do partido.
O placar para aprovação de federação ficou em 66 votos favoráveis à medida e 44 contrários. A federação cria "fusão temporária" entre os partidos e precisa durar, pelo menos, quatro anos, desde as eleições até o final do mandato seguinte. De acordo com novo prazo estabelecido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), as legendas têm até o dia 31 de maio para registrar as agremiações.
A proposta de adiar a decisão sobre a "fusão" devido à nova data limite determinada pelo STF, como mostrado pelo <i>Broadcast Político</i>, foi rejeitada durante o encontro. Os membros também homologaram a candidatura do senador Alessandro Vieira (SE), contrariando ala do grupo que defende abrir mão do nome em prol da federação. "Se federar, essa vira uma discussão interna na federação", relatou uma fonte que participou da discussão.
O principal motivo de desentendimentos durante a reunião foi a possibilidade de federação com o PSDB. Segundo relatos de fonte, há tentativa de uma ala da sigla em "deixar o partido ser levado pelo PSDB", reforçando que "o partido está em guerra". Até o momento, as negociações com os tucanos estão mais avançadas. Em entrevista ao <i>Broadcast Político</i>, o presidente da legenda, Roberto Freire, afirmou que o PSDB já apresentou normas, regras e projetos de estatutos para concretizar possível federação.
O avanço nas negociações com a sigla tucana gera desentendimentos regionais, principalmente na Paraíba, onde o governador João Azevêdo pertence à legenda. Os Estados do Paraná, Rio Grande do Norte e Ceará, por exemplo, também foram contrários à composição com PSDB.