A pouco mais de um mês do fim do mandato, o governo Bolsonaro deve conseguir emplacar seis novos integrantes para vagas em agências reguladoras. As indicações foram aprovadas ontem pela Comissão de Infraestrutura do Senado e depois chanceladas pelo plenário da Casa. A votação na comissão gerou atrito por disputa política em relação aos apadrinhamentos das indicações. Alguns dos escolhidos não têm atuação direta ou formação na área em questão.
Foram escolhidos nomes para a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).
Aprovado para uma vaga na ANTT, Lucas Asfor Rocha Lima está na cota de nomes que ganharam força com o apoio de senadores. Ele é sócio-fundador do escritório Asfor, Gomes de Matos Advogados Associados e mestre em Ciências Jurídico-Políticas. Já outro indicado para a ANTT, o servidor Felipe Queiroz atua no segmento de transportes.
Para a Antaq, os escolhidos foram o advogado Caio César Farias Leôncio, o servidor Alber Furtado de Vasconcelos Neto e o vice-almirante Wilson Pereira de Lima Filho. Já para a Anatel, o escolhido foi Alexandre Reis Siqueira Freire.
Insatisfeito por não ter apadrinhado uma das indicações à ANTT, o senador Wellington Fagundes (PL-MT) decidiu expor a costura de nomeações para a agência entre o governo Bolsonaro e a cúpula do Senado, presidido por Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Em nota enviada à reportagem, Pacheco afirmou que as indicações foram feitas pelo governo a partir de "critérios próprios". Segundo apurou o <i>Estadão/Broadcast</i>, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, a atitude de Fagundes causou surpresa entre senadores, por ter exposto acordos normalmente tratados nos bastidores.
As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>