O Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), associação sem fins lucrativos criada em 1997 e que representa mais de 100 empresas brasileiras, cujos faturamentos somados equivalem a quase 50% do PIB nacional, emitiu nota nesta terça-feira, 31, para repudiar a crise humanitária que atinge o povo indígena ianomâmi, cobrar providências do governo e ressaltar o compromisso do setor com o desenvolvimento sustentável.
"Os yanomami vivem há centenas de anos neste território. Mas, após 30 anos da demarcação, a área passa pelo pior cenário de devastação socioambiental, com mortes e o avanço de atividades ilegais em uma reserva que deveria ser protegida. As atividades ilegais e criminosas que ocorrem dentro da reserva vêm impactando diretamente na forma de vida dos indígenas, que registram casos de malária e desnutrição severa em adultos e, principalmente, crianças", afirma o texto.
"Desde 2021, quando lançamos o Posicionamento do Setor Empresarial sobre a Amazônia, reforçamos a importância da atuação do poder público na aplicação da lei e no combate à ilegalidade de qualquer natureza na região amazônica. O quadro a que a sociedade brasileira foi apresentada nos últimos dias indica sérias violações aos direitos humanos desses povos, o que exige ação rápida para salvar vidas e evitar danos maiores", continua a nota.
"O setor produtivo brasileiro reafirma seu compromisso com um modelo produtivo que respeite a vida, as pessoas e o meio ambiente e ressalta a importância de promover o desenvolvimento sustentável para que o Brasil possa exercer seu papel de liderança na nova economia global", conclui a entidade.