Astros do esporte dos Estados Unidos pediram, na noite de quarta-feira, a libertação de Brittney Griner, estrela da WNBA que está presa na Rússia. Atletas, como Stephen Curry e Megan Rapinoe, lembraram da jogadora de basquete durante a cerimônia do ESPY Awards, premiação considerada o Oscar do esporte americano.
Vestindo uma camiseta com o nome da atleta, Curry pediu o apoio da "comunidade global". "Esperamos pelo melhor, então pedimos a toda comunidade global dos esportes para continuar atentos em nome dela. Ela é uma de nós. Somos um time de atletas aqui nesta noite e por todo o mundo. Um time que não tem nada com a política ou com conflitos globais", disse Curry, um dos principais apresentadores da premiação.
Colega de Griner na WNBA, Skylar Diggins-Smith lembrou o tempo em que Griner está detida fora do país. "Já são 153 dias que BG foi detida de forma equivocada a milhares de milhas de sua casa, de sua família, longe dos amigos e longe do seu time", afirmou a atleta na cerimônia realizada em Los Angeles. "Durante todo este tempo, mantemos BG em nossos pensamentos e nos nossos corações."
Griner está detida na Rússia desde fevereiro, quando foi barrada no aeroporto em Moscou com THC, substância derivada da maconha, na forma de óleo. A droga é proibida no país. E a pivô do Phoenix Mercury, time da WNBA, corre o risco de ser presa por até dez anos.
A situação da atleta se agravou com a invasão da Ucrânia pela Rússia no fim de fevereiro, o que motivou os Estados Unidos a fazerem críticas e ataques diretos ao país por conta da guerra. Neste contexto, a prisão de Griner se tornou um conflito diplomático entre americanos e russos. No início deste mês, a atleta chegou a escrever uma carta endereçada à Casa Branca e ao presidente Joe Biden pedindo ao governo americano que a ajude a reconquistar a liberdade.
Ainda neste mês, em sua segunda audiência com a Justiça russa, Griner se declarou culpada das acusações de posse de drogas, na tentativa de reduzir a eventual pena. Ela alega que teria transportado a droga de forma não intencional. "Eu gostaria de me declarar culpada, meritíssimo. Mas não houve intenção. Eu não queria infringir a lei", disse Griner em inglês, de acordo com uma das advogadas da atleta americana.