Em um pronunciamento de menos de 3 minutos, o presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou em pronunciamento no Palácio do Planalto, em Brasília, na tarde desta terça-feira, quase 48 horas após o fim das eleições, que “irá respeitar a Constituição” como sempre fez em sua trajetória política.
Sobre os atos que ocorrem em todo o país, ele disse as manifestações pacíficas são sempre benvindas, mas nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, enfatizando que não se deve invadir propriedades e que todos precisam respeitar o direito de ir e vir das pessoas.
No início do discurso, ele agradeceu aos 58 milhões de votos que recebeu no último domingo. “Formamos diversas lideranças pelo Brasil. Nossos sonhos seguem mais vivos do que nunca. Somos pela ordem e pelo progresso”, enfatizou em seu discurso. “Mesmo enfrentando todo o sistema, enfrentamos uma pandemia e as consequências de uma guerra”.
Bolsonaro não fez qualquer menção ao presidente eleito Luís Inácio Lula da Silva (PT), que venceu as eleições no último domingo por uma diferença de 2 milhões de votos. Afirmou que entende os motivos que levaram as pessoas a se manifestarem nas estradas, devido à injustiça praticada durante o processo eleitoral, mas que, diferentemente de seus opositores, “sempre irá jogar dentro das quatro linhas da Constituição”.
“Sempre fui rotulado como antidemocrático e, ao contrário dos meus acusadores, sempre joguei dentro das quatro linhas da Constituição. Nunca falei em controlar ou censurar a mídia e as redes sociais. Enquanto presidente da República e cidadão, continuarei cumprindo todos os mandamentos da nossa Constituição”, continuou.
Após o pronunciamento, o ministro chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, afirmou que liderará o processo de transição para o novo governo.