O presidente Jair Bolsonaro reforçou nesta terça-feira, 17, seu compromisso com a realização de reformas estruturantes no Brasil, durante sua participação em reunião virtual da cúpula do Brics. Aposta do governo para a recuperação econômica pós-pandemia, a pauta de reformas só deve ser retomada no Congresso, contudo, após o segundo turno da eleições municipais, marcado para 29 de novembro.
"Asseguro aos integrantes do Cebrics e ao empresariado brasileiro meu compromisso com as reformas estruturais, que garantirão um melhor ambiente de negócios com consequente aumento da produtividade dos fluxos de investimentos privados", disse.
Em sua fala, Bolsonaro também avaliou como correta a preocupação do Conselho Empresarial do bloco em "manter as cadeias internacionais de suprimentos e o apoio a pequenas e médias empresas". "A continuidade dos trabalhos do Conselho Empresarial do Brics, o Cebrics, mesmo em meio à crise sanitária refletiu o interesse de nossos empresários na superação conjunta da atual crise mundial", disse.
O presidente destacou a parceria com Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), o banco do Brics, durante a pandemia da covid-19 e em projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável. "O processo de expansão do banco é parte fundamental do nosso compromisso com uma nova arquitetura financeira internacional", observou.
Bolsonaro citou inclusive que o atual presidente do NBD, Marcos Prado Troyjo, ocupou "posição de relevo" em seu governo. Troyjo foi secretário especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia antes de assumir o cargo no banco neste ano.
O chefe do Executivo elogiou ainda a atuação da Aliança Empresarial de Mulheres do Brics. "Precisamos da perspectiva feminina e de maiores oportunidade para o empreendedorismo das mulheres em nosso agrupamento."
<b>Terrorismo</b>
Em seus comentários finais, Bolsonaro também reforçou sua defesa pelo combate ao terrorismo. "O Brasil também valoriza a estratégia de contraterrorismo do Brics. Sua implementação contribuirá para um entorno regional livre desse tipo de ameaça. Sabemos que o terrorismo caminha de mãos dadas com o narcotráfico da América do Sul e em outras partes do mundo", disse.