O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quinta-feira, 14, que o trabalho do G20 ao longo de 2024 será uma ponte com a COP30, que será sediada no Brasil, na cidade de Belém, em 2025. O ministro defendeu a revisão dos fundos climáticos existentes, com o direcionamento de "fluxos maciços de recursos" para o chamado Sul Global
"O Brasil inicia um ciclo de protagonismo ainda maior em termos de financiamento climático. Queremos melhorar a eficiência dos fluxos financeiros para os países que mais necessitam de recursos para proteger ativos ambientais estratégicos e cumprir as suas metas de descarbonização de forma justa e equitativa", afirmou o ministro da Fazenda, durante abertura da reunião da trilha financeira do G20, no Palácio Itamaraty.
Haddad disse estar otimista com o grupo de trabalho do G20 para a área de Infraestrutura e listou quatro prioridades da presidência brasileira: o financiamento de infraestruturas resistentes às alterações climáticas; serviços de infraestruturas e políticas de redução da pobreza; a mitigação dos riscos cambiais no financiamento de projetos de infraestruturas; e estratégias para a construção de infraestruturas transfronteiriças. "Este é um exemplo do que consideramos uma agenda ambiciosa, mas realista, cujos resultados podem ter um impacto real", avaliou.
O ministro destacou ainda que o Grupo de Trabalho Conjunto para Finanças e Saúde continuará dando atenção especial às vulnerabilidades e riscos sociais e econômicos decorrentes de pandemias. "Ao mesmo tempo, vamos acolher novas ideias promissoras, tais como acordos de troca de dívida por saúde . Vemos isto como uma via para abordar as vulnerabilidades fiscais nos países de baixo renda e mobilizar recursos para investimento nos seus sistemas de saúde", completou.