O Tribunal de Justiça Militar de São Paulo (TJM-SP) decretou a prisão temporária, por 30 dias, dos quatro policiais militares envolvidos nas mortes de dois pichadores na quinta-feira passada, na zona leste de São Paulo.
O pedido havia sido feito pela Corregedoria da PM, que encontrou inconsistências nos depoimentos do tenente Danilo Keity Matsuoka, do sargento Amilcezar Silva e dos cabos Aldison Perez Segalla e André de Figueiredo Pereira.
Os PMs estavam em prisão administrativa até esta quinta-feira, 7, na Corregedoria, e foram transferidos para o Presídio Romão Gomes, na zona norte da capital paulista. A suspeita é de que eles tenham forjado um tiroteio.
Alex Dalla Vecchia Costa, de 32 anos, e Ailton dos Santos, de 33, foram mortos em um prédio na Avenida Paes de Barros, na Mooca. A versão dos policiais militares é de que eles estariam no local para cometer um assalto e houve troca de tiros. Um dos policiais foi ferido no braço.
No entanto, imagens obtidas pela polícia mostram que, pouco antes de serem mortos, os rapazes estavam pichando outro prédio, a 300 metros do local onde foram mortos. Costa e Santos até fizeram selfies no elevador do condomínio, sem indícios de que estariam armados. Uma testemunha disse que ouviu tiros em dois momentos distintos, com intervalo de cerca de dez minutos.