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Em sete anos, dívida do Corinthians triplica e supera R$ 300 milhões

Em sete anos, a dívida do Corinthians triplicou, passando de R$ 101,5 milhões para R$ 313,5 milhões. Os números são referentes ao período de 2007 a 2014 e fazem parte do Relatório de Sustentabilidade anual divulgado pelo clube nesta quinta-feira. O período coincide com as administrações dos presidentes Andrés Sanchez e Mário Gobbi, do grupo Renovação e Transparência.

No último ano houve um aumento considerável no endividamento. Entre dezembro de 2013 a 2014, o rombo aumentou R$ 121,8 milhões. “Temos uma dificuldade porque os investimentos que fizemos acabaram gerando essa estrutura”, afirmou o diretor financeiro Raul Corrêa e Silva, que citou gastos com contratações de atletas, entre elas, a de Elias.

Um dos motivos do crescimento da dívida foi que gasto do departamento de futebol se manteve alto em um momento que as receitas do clube diminuíram. De 2013 a 2014, a receita sem transferência de atletas caiu de R$ 246,9 milhões para R$ 217,5 milhões. Além disso, o clube também precisou pagar impostos atrasados.

ATRASOS – Em dificuldade financeira, o Corinthians passou a atrasar pagamentos de direitos de imagem e premiação a atletas e só não atrasou o pagamento de salários em carteira porque recorreu até a empréstimos de empresários de futebol.

O momento do clube gerou impacto nos reforços para 2015. As contratações como o atacante Mendoza, o volante Cristian e o zagueiro Edu Dracena não tiveram um custo imediato. Ou vieram sem custo algum ou com ajuda de investidores, caso de Mendoza.

Já a renovação de Guerrero continua parada. Raul Corrêa e Silva disse que o Corinthians não tem condições de pagar o que o jogador pede. “Se for à vista, a resposta é não. Não temos condição”, afirmou, quando questionado pela imprensa do valor de R$ 18 milhões exigido pelo atleta.

A situação financeira delicada que vive o Corinthians virou um dos temas da eleição para presidente. Neste sábado, o clube elege o sucessor de Mário Gobbi. Roberto de Andrade, da situação, e Antônio Roque Citadini, da oposição, vão disputar o pleito.

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