Na Avenida Paulista, cerca de 500 manifestantes ligados à Conlutas, CGTD e outras centrais sindicais se concentram na tarde desta sexta-feira, 28, no vão livre do Masp. Há um caminhão de som, de onde alguns coordenadores do ato discursam.
Um deles é Wilson Ribeiro, da Conlutas. Segundo ele, o ato na Paulista é o “encerramento do dia”, cujo protagonista é mesmo a greve. Ele acredita que, por conta da paralisação, muita gente não virá. A ideia é manter o ato no local. Caso tenha adesão, os manifestantes irão até a frente do Banco do Brasil, escritório da Presidência da República na cidade.
Paralelamente ao ato no vão livre do Masp, um grupo de estudantes ligados à União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo (UMES) se concentra em frente ao prédio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Eles gritam “fora Temer” e carregam bonecos de Lula, Alexandre de Moraes, Aécio Neves e Eduardo Cunha.
Segundo Caio Guilherme, presidente da UMES, a entidade apoia a greve geral e não aceita a retirada dos direitos conquistados. “Viemos até a Fiesp porque vamos devolver o pato ao (Paulo) Skaf (presidente da federação). Nós estamos pagando o pato das reformas. Nós queremos todos na prisão, inclusive o Lula. Prisão para todos os corruptos que representam a política falida do País.”
Largo da Batata
Por volta das 15h30, ainda era pequena a concentração de manifestantes no Largo da Batata, zona oeste da capital, local marcado para uma passeata no fim da tarde desta quinta-feira. Por ora, trabalhadores de sindicatos de professores e grupos estudantis ainda se reuniam, à espera de lideranças.
A concentração era apenas na área do Largo que fica ao lado da pista sentido Vila Olímpia da Avenida Brigadeiro Faria Lima.
Do outro lado do Largo, já havia forte reforço policial. O capitão Marcos Daniel Fernandes, do 23º Batalhão da PM, informou não haver expectativa de público. “Até porque a chegada até aqui é difícil, por falta de transporte público.” Afirmou ainda que a PM está preparada para “qualquer cenário”, o que incluiria uma marcha em direção à casa do presidente Michel Temer.
TRT
O Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo (2ª região) suspendeu o expediente a partir das 15h30 de hoje, alegando que tanto a sede, que fica na Rua da Consolação, como a unidade da Avenida Rio Branco, ambas na região central de São Paulo, estão na rota das manifestações.
O objetivo de antecipar o fim do expediente, segundo nota postada no site do TRT de São Paulo, foi garantir a integridade dos servidores, magistrados e do público que frequenta os locais.