Variedades

Em sua 49ª edição, a mostra de Brasília tenta novos rumos

O mais antigo festival de cinema do País terá mudanças em 2016. O 49.º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro começa nesta terça, 20, à noite com a exibição do documentário Cinema Novo, de Eryk Rocha. A partir desta quarta-feira, 21, com início da mostra competitiva, as mudanças começam a ser sentidas.

Elas se dão em especial no número de competidores e na criação de novas janelas de exibição. Pela tradição, Brasília era um festival enxuto, com apenas seis longas concorrentes em sua mostra principal. Um por noite, e mais dois curtas, no magnífico Cine Brasília desenhado por Niemeyer. Este ano, serão nove os competidores. O que obrigará a programação a sessões mais longas. A ampliação da vitrine do festival se completa com duas mostras paralelas e não competitivas: A Política no Mundo e o Mundo da Política, com documentários e ficções sobre o universo da luta pelo poder. A segunda, chamada Cinema Agora! (com exclamação e tudo), investe em obras de experimentação estética.

Mas, como acontece com todo o festival, também em Brasília é sobre a mostra competitiva de longas que se concentram as atenções. São eles A Cidade Onde Envelheço, de Marilia Rocha, MG/Portugal, Antes o Tempo Não Acabava, de Sérgio Andrade e Fábio Baldo, AM, Deserto, de Guilherme Weber, RJ, Elon Não Acredita na Morte, de Ricardo Alves Jr., MG, Malícia, de Jimi Figueiredo, DF, Martírio, de Vincent Carelli, em colaboração com Ernesto de Carvalho e Tita, PE, O Último Trago, de Luiz Pretti, Pedro Diogenes e Ricardo Pretti, CE, Rifle, de Davi Pretto, RS, e Vinte Anos, de Alice de Andrade, RJ/Costa Rica.

Apenas no decorrer do festival poderemos sentir se existe alguma tendência explícita da seleção e, eventualmente, em que direções ela aponta. Cabe notar que todas essas mudanças têm a ver com a nova curadoria do festival brasiliense, a cargo do crítico e cineasta carioca Eduardo Valente.

Em meio a seminários, debates e mesas-redondas, além de outros filmes programados, teremos a homenagem ao centenário de Paulo Emilio Sales Gomes (1916-1977), afinal de contas criador do festival, em 1965, quando lecionava na UnB. E também ao grande Jean-Claude Bernardet, por seus 80 anos.

O festival termina dia 27 com exibição de um dos seus vencedores, que completa 20 anos de lançamento, o neocangaço pernambucano Baile Perfumado, de Lírio Ferreira e Paulo Caldas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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