O coordenador geral da Dívida Pública do Tesouro Nacional, Fernando Garrido, avaliou que o volume de emissões da Dívida Pública Federal (DPF) de novembro, de R$ 39,76 bilhões, foi significativo, e como o volume de resgates foi baixo (R$ 10,11 bilhões), houve uma emissão líquida de R$ 29,65 bilhões, maior que a de outros meses do ano.
“Já encerramos os leilões de dezembro e podemos adiantar que as emissões foram satisfatórias. O mês também terá emissões líquidas significativas”, disse.
A expectativa do Ministério da Fazenda, segundo o coordenador, é de que todos os indicadores da Dívida Pública Federal (DPF) fiquem dentro do parâmetros estabelecidos no Plano Anual de Financiamento (PAF). O estoque da dívida e novembro, de R$ 2,208 trilhões, já está dentro das bandas que variam de R$ 2,170 trilhões a R$ 2,320 trilhões.
“Esperamos que todos os indicadores fiquem dentro do PAF em dezembro, incluindo a composição dos títulos por indexador”, disse Garrido. Com a volta dos papéis atrelados à Selic para dentro dos parâmetros do PAF em novembro, todas as categorias de títulos estavam enquadradas no plano anual ao fim do mês passado.
Garrido disse, ainda, que a redução da participação de estrangeiros na Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) em novembro se deveu mais ao aumento da compra de títulos por outros grupos de detentores de papéis, como as instituições financeiras.
“Os não residentes continuam aumentando seu estoque de títulos da dívida, em um movimento gradual e contínuo ao longo do ano. A redução da participação em novembro se deveu à compras maiores por parte de outros grupos”, completou.
A participação dos investidores estrangeiros no estoque da DPMFi caiu de 20,38% em outubro para 20,07% em novembro, segundo dados divulgados nesta terça-feira, 22, pelo Tesouro Nacional.
Novo título
O coordenador anunciou que o governo irá lançar em janeiro de 2015 um novo título de longo prazo, uma NTN-B com vencimento em 2055. Atualmente, o título mais longo vendido pelo Tesouro é a NTN-B com vencimento em 2050.
“O papel para 2050 já é comercializado há algum tempo, mas as instituições de previdência demandam títulos de mais longo prazo. O primeiro leilão do novo papel ocorrerá no dia 13 de janeiro”, acrescentou Garrido.