Com a retração na atividade e o aumento da ociosidade, as indústrias brasileiras continuam demitindo, de acordo com os indicadores industriais divulgados nesta terça-feira, 3, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Segundo a pesquisa, o emprego recuou pelo sétimo mês consecutivo, ao cair 1,7% em setembro ante agosto, na série dessazonalizada. Na comparação com setembro de 2014, a queda foi de 7,9%. Já no acumulado do ano, o recuo do emprego foi de 5,5% ante os nove primeiros meses do ano passado.
A diminuição do mercado de trabalho atingiu a massa salarial e o rendimento dos trabalhadores. Segundo a pesquisa, a massa salarial real teve redução de 1,6% em setembro ante agosto, na série dessazonalizada, e caiu 8,2% ante setembro de 2014. No acumulado dos nove primeiros meses do ano, a massa salarial real teve queda de 5,3% ante o mesmo período de 2014.
O rendimento médio real caiu 0,3% em setembro ante agosto e teve redução de 0,3% em setembro ante o mesmo mês de 2014. No acumulado do ano, entretanto, o rendimento médio real, apresenta uma ligeira alta, de 0,2%, na comparação com os primeiros meses de 2014.
Capacidade instalada
O nível de capacidade instalada na indústria brasileira ficou em 77,7% em setembro ante 77,9% em agosto, na série dessazonalizada, de acordo com os indicadores industriais da CNI. Com o recuo de 0,2 ponto porcentual na variação mensal, o indicador registrou o menor patamar para a série histórica, que começou em janeiro de 2003. Em setembro de 2014, a utilização da capacidade instalada era de 81,5%.
O faturamento da indústria teve alta de 0,2% em setembro na comparação com agosto e recuou de 8,4% em relação a setembro de 2014. No acumulado dos nove primeiros meses do ano, o faturamento real da indústria caiu 6,8% ante o mesmo período de 2014.