Economia

Empresa abre 3 novas unidades e reduz custos

A MVC conseguiu reduzir seus custos logísticos em 60% ao abrir, nos últimos dois anos, três unidades em Maceió (AL), Camaçari (BA) e Itumbiara (GO), próximo à clientela da região. Fabricante de plásticos de engenharia com atuação nos mercados automotivo, de transporte, agronegócio, energia eólica e de construção civil, a empresa enviava diariamente lotes de peças de sua principal fábrica em São José dos Pinhais (PR)para essas regiões.

Gilmar Lima, diretor-geral da MVC, explica que o custo era alto pois, além do transporte em si, havia gastos com embalagens especiais para levar as peças sem danificá-las em razão da má qualidade das estradas, assaltos às cargas, necessidade de altos estoques e desperdício de peças.

Ao contrário de empresas que reduziram a produção em razão da crise, a MVC opera a todo vapor em suas oito unidades no País e, neste ano, abrirá uma nova filial, desta vez na cidade de Sumaré (SP), também com a intenção de cortar custos com transporte.
“Nosso faturamento cresceu 150%, de R$ 272 milhões em 2013 para R$ 700 milhões este ano e contratamos 900 funcionários”, informa Lima. O grupo emprega atualmente 1.650 funcionários.

A busca por redução de custos é constante, mas se intensificou neste ano, “que foi terrível para o segmento automotivo”, diz o diretor-geral da fabricante de autopeças Federal Mogul, José Roberto Alves.

Com ações como a mudança no layout da linha de produção e ajustes no maquinário que resultaram em menores índices de refugo de peças na fábrica de freios em Sorocaba (SP) a empresa obteve economia de R$ 550 mil em 2014 em relação ao ano anterior. “Não chega a 1% do nosso faturamento, mas tende a crescer pois os processos de melhoria são contínuos”, diz Alves.

A Federal Mogul também acabou com as horas extras dos 290 funcionários e não renovou os contratos temporários de 25 funcionários que venceram no início do ano passado.

Outra forma de reduzir custos é apostar fortemente em tecnologia. Ainda que exija um investimento inicial, pode aumentar a eficácia operacional de forma significativa. A empresa de celulose Eldorado, que cultiva 200 mil hectares de eucaliptos, conseguiu reduzir 15,3% do custo por hectare plantado ao ampliar a mecanização no processo produtivo. “Nós saímos de um patamar de 50% de atividades mecanizadas para 85%”, diz Germano Vieira, diretor florestal da empresa. “Temos equipamentos motorizados que fazem o serviço completo: adubação aérea e plantio. A irrigação mecanizada, por exemplo, reduz o custo de R$ 340 por hectare para R$ 280”, diz.

Segundo Vieira, a adaptação de alguns aparelhos utilizados na agricultura para a silvicultura pode custar até R$ 30 mil. “Mas vale a pena, pois você aumenta no mínimo nove, dez vezes a produtividade.”

Uma das razões para a mecanização foi a dificuldade de encontrar mão de obra em Mato Grosso do Sul, o que levou a empresa a “importar” funcionários de Estados como Ceará e Bahia. Com a mecanização, houve redução de 20% da mão de obra por hectare. “Diminuímos a mão de obra, mas todo trabalho nosso é primarizado. Abrimos mão de terceirizar entendendo que, com uma boa gestão, vamos conseguir trabalhar melhor, já que temos um projeto bastante ousado de mecanização das nossas atividades.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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