A empresa americana doTerra, de produtos de aromaterapia e óleos essenciais, anunciou um investimento de R$ 50 milhões em sua fábrica em Joinville (SC). A unidade, que deve empregar 150 funcionários e produzir 100 milhões de frascos por ano, foi inaugurada na segunda-feira passada e deverá começar a operar no próximo mês.
Com apenas cinco anos de atuação no País, a doTerra já tem o Brasil como o seu terceiro maior mercado. Em 2022, ela vendeu R$ 1 bilhão em produtos. Com a produção local, segundo a empresa, a operação brasileira não só ganhará rentabilidade e agilidade na venda de essências que vinham importadas dos EUA, como também pode se tornar um polo de exportações.
"Agora, a doTerra também terá capacidade de envasar óleos essenciais da biodiversidade brasileira para outros mercados do globo", afirma o diretor geral da empresa no Brasil, Helton Vecchi, em comunicado. A unidade nacional contará com laboratório de testes de pureza, similar ao americano, que realiza mais de 50 exames, lote a lote, para garantir a pureza dos óleos.
Fundada em Utah, a doTerra atua por meio de consultores de vendas, que são remunerados pela comercialização dos produtos feita pelo site da empresa e pela indicação de novos clientes e consultores. A empresa nega atuar no modelo de marketing multinível e práticas de pirâmides, acusação que costuma pairar sobre o setor.
Assim como sua concorrente Young Living, a empresa foi mencionada na série Indústria da Cura, do Netflix, sobre os benefícios e polêmicas da indústria do bem-estar, em episódio que trata de óleos essenciais. Mundialmente, esses produtos têm sido usados para as mais diversas aplicações, desde tratar a ansiedade e distúrbios do sono até tumores, prática condenada por especialistas.
Para evitar se caracterizar como uma fabricante de medicamentos e de cura de doenças, a doTerra se intitula uma empresa de saúde integrativa e bem-estar, e alega que os óleos essenciais são beneficiais para a vida.
As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>