Economia

Empresa de Guarulhos vai faturar R$ 2 bilhões com aço, mesmo com concorrência dos asiáticos

A empresa Açotubo, sediada em Guarulhos, está prevista para alcançar um faturamento de R$ 2 bilhões com a venda de aço, apesar da competição de empresas asiáticas. A trajetória da bilionária distribuidora de aço teve início há mais de 50 anos, quando os fundadores, Wilson, Luiz e Ribamar Bassi, migraram para São Paulo após uma infestação e uma geada destruírem sua plantação de café no Paraná. A entrevista foi concedida à revista Exame.

Inicialmente, os irmãos trabalharam no varejo local, envolvendo-se em atividades como feira livre, laticínios e uma pequena banca de jornal. Posteriormente, decidiram investir os recursos provenientes da venda de suas terras em uma empresa de aços que necessitava de capital. Com os lucros, estabeleceram a própria distribuidora de aço, dando origem à Açotubo em 1974.

Atualmente, a empresa expandiu suas operações para além da distribuição de aços e tubos, incluindo cinco unidades de negócio: tubos e aços, conexões, aços inoxidáveis, soluções integradas e Incotep, especializada em sistemas de ancoragem. Está planejado um investimento de aproximadamente R$ 30 milhões em maquinário e expansão no próximo ano.

O CEO atual, Bruno Bassi, destaca a crença contínua dos fundadores no negócio, reinvestindo todos os ganhos para impulsionar o crescimento e conquistar o mercado. Com 950 funcionários, a Açotubo atende clientes em setores como óleo e gás, máquinas agrícolas e elevadores, buscando proximidade geográfica por meio de centros de distribuição em polos industriais importantes, como Guarulhos e Caxias do Sul.

Em 2022, a empresa registrou um faturamento de R$ 2,3 bilhões, e as projeções para este ano indicam uma queda de 14%, atingindo cerca de R$ 2 bilhões, influenciada pela redução nos preços do aço. Apesar do cenário desafiador, a Açotubo mantém uma relação sólida com seus clientes, priorizando o suprimento e o estoque, o que contribui para a fidelidade dos clientes mesmo em períodos de flutuação nos preços.

Além disso, a empresa aposta na internacionalização de suas operações, sendo sócia minoritária em uma joint-venture com a francesa Vallourec e expandindo sua atuação com a Incotep em sistemas de protensão e ancoragem. Bruno Bassi expressa a intenção de adquirir integralmente o negócio internacionalizado.

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