Empresários e entidades do setor têxtil organizaram o movimento Volta Consciente SP, para cobrar do governo de São Paulo a retomada imediata do comércio varejista e de serviços no Estado. O movimento criado na última semana convocou para esta quinta-feira, 30, uma carreata, que seguirá de Americana – polo da indústria de tecelagem no Estado – até São Paulo.
São Paulo NÃO vai PARAR!", é um dos slogans do movimento, que afirma ser apartidário e pacífico.
São Paulo chegou nesta quarta-feira, 29, à trágica marca de 2.247 mortes decorrentes da covid-19 e 26.158 infectados pelo coronavírus. A quarentena decretada pelo governador, João Doria, começa a ser flexibilizada no dia 11 – mas pode haver mudanças, até lá, com os números crescentes de casos da última semana e com a redução das taxas de isolamento populacional.
"Sabemos que a crise sanitária é grave. Acreditamos, porém, que devem ser encontradas alternativas para permitir o funcionamento imediato do varejo no Estado de São Paulo, com protocolos definidos pelas autoridades públicas."
O movimento, que reúne nove entidades como a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT), o Sinditêxtil, e centenas de empresas, cobra do governo paulista a definição do protocolo de retomada das atividades, mesmo que parcial e com restrições, para o comércio. Um dos argumentos, é que o setor foi duramente afetado pela quarentena decretada em decorrência da pandemia do coronavírus. As vendas pela internet, saída para alguns mercados durante o período da pandemia e de isolamento social, é pequena no setor têxtil. "Defendemos que a volta da vida social, com a retomada do comércio varejista e de serviços em todo o Estado de São Paulo, deve ocorrer imediatamente."
O movimento tem manifesto, publicado em 23 de abril no site e nos perfis de rede social. A "Carreata Consciente Volta SP! Respeitando a vida! E mostrando que com consciência todos podem trabalhar!" foi marcada para sair de Americana às 13h30 e o movimento espera reunir pelo menos 700 veículos. "Estamos comprometidos a cumprir todos os protocolos de saúde pública que o momento exige, mas não podemos mais ficar sem trabalhar."