Empresários e representantes dos trabalhadores lançam na segunda-feira, 6, em São Paulo, um movimento para pedir reforço nas políticas públicas para o setor industrial. O movimento foi batizado de Coalizão Indústria – Trabalho para a Competitividade e o Desenvolvimento e envolve 42 entidades de classe e quatro centrais sindicais.
“A ideia é fazer um ato político com a leitura do manifesto das duas áreas: trabalho e capital”, explicou Marco Polo de Mello Lopes, presidente executivo do Instituto Aço Brasil (IABr), que reúne as principais siderúrgicas do País e que participa da coalizão ao lado de entidades como a Abimaq (máquinas e equipamentos) e a Abit (têxtil).
Segundo Lopes, a balança comercial da indústria de transformação teve déficit de US$ 206 bilhões de 2008 a 2014, ante superávit de US$ 148 bilhões de 2000 a 2007. “Estamos falando de uma perda acumulada no período de US$ 354 bilhões (cerca de R$ 800 bilhões). É um massacre da indústria de transformação”, disse.
O ato de lançamento da coalizão acontecerá na segunda-feira, no Palácio de Convenções do Anhembi, às 14 horas. Os principais porta-vozes da indústria serão o presidente da Abimaq/Sindimaq, Carlos Pastoriza, e o presidente do conselho de administração da Gerdau, Jorge Gerdau, entre os empresários. Pelas centrais de trabalhadores estarão Miguel Eduardo Torres, presidente da Força Sindical; Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores; e Ubiraci Dantas de Oliveira, presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil.
