Cidades

Empresas de combustível de Guarulhos são denunciadas por suspeita de lavagem de dinheiro

A Justiça de São Paulo acatou uma denúncia feita pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP), onde os empresários Mohamad Hussein Mourad e Renato Camargo, donos da Economy Distribuidora de Petróleo, são acusados de lavagem de dinheiro na compra das empresas Copape e Aster, que atuam na formulação e distribuição de combustíveis em Guarulhos.

O Juiz Caio Lopasso, que proferiu a decisão este mês, declarou que “constatou-se que supostamente Mohamad transferiu e ocultou valores de origem criminosa, provenientes de crimes de falsificação de documento particular, crimes contra as relações de consumo e contra a ordem econômica praticados por postos de gasolina e empresas de sua propriedade para outras empresas”.

Além disso, inclui que Renato Camargo e a mulher de Mourad, supostamente “tinham ciência da origem criminosa dos recursos, com intuito final de adquirir ações das distribuidoras Copape e Aster”.

Nas investigações do MP-SP, consta que Mourad é um sócio oculto atuante na compra da Copage, enquanto Renato era apontado como dono da empresa. Outro ponto da denúncia afirma-se que, Roberto Augusto Leme da Silva, também conhecido como vulgo “Beto Loko”, investigado por suspeitas de ligação com o PCC, também teria ligação no esquema.

Segundo promotores, a Copage tem praticado fraudes sobre impostos federais e estaduais, e que Mourad dispôs de R$ 52,6 milhões, em 2020, para assumir o controle da Copape, sem figurar em seu quadro societário. Parte desse dinheiro inclusive, teria vindo de postos administrados por ele.

Durante esse período, os estabelecimentos informaram a ANP, infrações relacionadas a gasolina batizada e outras fraudes.

As duas empresas estão registradas em um mesmo endereço, em Guarulhos. Os seguranças inicialmente disseram que a Aster e a Copape funcionaram ali. Depois, não souberam dizer ao certo o que funcionava no endereço.

De acordo com apuração, esse dinheiro foi transferido para a conta de Camargo, e transferido para um fundo de investimentos que inclusive, controlava as empresas Copage e Aster.

Posteriormente cerca de R$ 45 milhões, foi sacado de uma conta que era mantida em nome de Silvana Correa, esposa de Mourad.

Os promotores relataram ainda que parte da origem do dinheiro da compra da Copape veio de empresas de fachada.

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