A empresa francesa GL events e a inglesa Chime Sports Marketing (CSM) informaram nesta quinta-feira que desistiram de comprar a Concessionária Complexo Maracanã Entretenimento S/A, empresa que desde 2013 administra o estádio que sediou as decisões das Copas do Mundo de 1950 e 2014.
Em parceria com Flamengo e Fluminense, a GL events e a CSM negociavam com a empreiteira Odebrecht, dona de 95% da concessionária, a compra da empresa, que tem o direito de administrar o Maracanã até 2048. Segundo as duas parceiras, a Odebrecht, que está sendo investigada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público na Operação Lava Jato, não apresentou “garantias adequadas de segurança jurídica e contratual”, e por isso elas desistiram do negócio.
Em nota, as empresas afirmaram que “caso o governo do Estado do Rio de Janeiro tome a decisão de promover uma licitação que proporcione a indispensável segurança jurídica e financeira aos investidores” têm “interesse em participar da concorrência pela gestão do Maracanã”. Ou seja, desistiram de comprar os direitos oferecidos pelo consórcio, mas se interessam pelo estádio caso haja nova licitação.
A GL events e a CSM já haviam anunciado desistência do negócio em fevereiro, mas voltaram atrás. Procurados pela reportagem, nem Flamengo nem Fluminense quiseram se manifestar sobre a desistência das empresas parceiras.
Agora, resta uma empresa interessada na compra da concessão: a francesa Lagardère, que já havia disputado a concessão em 2013 – na ocasião o consórcio do qual fazia parte ofereceu R$ 155,1 milhões pela gestão do complexo esportivo e ficou em segundo lugar, atrás do Consórcio Maracanã, cuja oferta foi de R$ 181,5 milhões.
A Lagardère planeja pagar cerca de R$ 60 milhões pelo estádio, fora o valor que seria entregue ao governo do Estado. A previsão é que até 2048 sejam investidos R$ 500 milhões no complexo esportivo.