Estadão

Empresários querem custo Brasil menor e agenda de competitividade, diz Alckmin

O presidente em exercício da República, Geraldo Alckmin, afirmou nesta sexta-feira que o governo Lula está ouvindo as demandas do empresariado brasileiro e tem adotado medidas para melhorar o ambiente de negócios do País. Na avaliação dele, os empresários acreditam na atuação da política econômica do governo.

"Eles acreditam sim, muito, no presidente Lula, porque foi no governo do presidente Lula que o Brasil mais cresceu. Em 2010, o crescimento do PIB brasileiro foi praticamente 7%", afirmou Alckmin à <i>Band News</i> "(Os empresários) acreditam na reforma tributária, acho que eles vão ajudar também na ancoragem fiscal", acrescentou o presidente em exercício.

Alckmin destacou também medidas adotadas pelo governo para "simplificação" e "desburocratização" das relações comerciais brasileiras. "A exportação de frango para Reino Unido e União Europeia pagava 166 reais por dia com certificado de origem. Agora é zero. A partir de 1º de março, não paga mais nada, deixou de ser papel para ser digital", disse.

E complementou: "Também salvamos alguns setores industriais. Imagina que paradoxo: 4% de imposto de importação para borracha e 0% para pneu. Fizeram isso no ano passado. Você fecha todas as indústrias. Como pode ter imposto zero para o produto acabado e para importar o insumo, 4%. Nós voltamos ao que era, salvamos a indústria da borracha, que gera muito emprego."

O presidente em exercício também comentou sobre as propostas em estudo para estímulo de renovação subsidiada de frota de caminhões poluentes. "Estamos estudando um sistema em que vamos compramos caminhão muito velho para retirá-lo, não poluir as ruas, dar crédito, estímulo, desconto para renovar a frota", afirmou.

Alckmin afirmou ainda que o aumento da mistura de biodiesel no diesel, que passou de 10% para 12% e começou a valer a partir deste mês, deve estimular e fazer a indústria do biodiesel "crescer muito". "O etanol também deve ter uma grande oportunidade de crescimento porque aumentou o diferencial da gasolina para o etanol, etanol não só de cana, mas também de milho", disse.

Ele defendeu ainda a importância da recriação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), cujas atribuições estavam anexadas ao antigo Ministério da Economia no governo de Jair Bolsonaro (PL). "Não dava para o Ministério da Fazenda cuidar de tudo, porque não cuida direito, é preciso ter especificado. E os novos ministérios não criaram cargo novo, nenhum cargo foi criado, nenhum, eles foram redistribuídos", afirmou.

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