Não é de hoje qos vereadores da Câmara Municipal de Guarulhos se sentem acuados quando algum assunto polêmico entra em discussão. E na tarde desta quarta-feira, 29, não foi diferente. Uma manobra da base aliada da Prefeitura evitou que a discussão que envolve a aprovação do Regime Jurídico Único (RJU) pudesse arranhar, ainda, mais a imagem da gestão do prefeito Sebastião Almeida (PT). O Stap (Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública – de Guarulhos) festejou.
Em entrevista ao GuarulhosWeb, o presidente do Stap, Pedro Zanotti, classificou o encerramento precoce dos trabalhos legislativos como vitória para os interesses da categoria, que reivindica o arquivamento do Projeto de Lei que altera o sistema de prestação de serviço no município por servidores públicos.
“Ótimo. Temos que agradecer o Jesus (presidente da Casa) ou a Jesus. Foi ótimo pra nós, até porque poderia entrar na pauta e ser votado a sua deliberação. Pra nós foi bom”, descreveu o presidente sobre a manobra regimental para evitar que os trabalhos pudessem seguir dentro da sua normalidade. A sessão plenária foi encerrada por haver número insuficiente de parlamentares em plenário.
Zanotti também afirmou que a alternativa a ser seguida pelos servidores é a de pressionar a Administração Pública para a retirada do PL da Casa de Leis e abrir nova discussão sobre os pontos divergentes entre as partes envolvidas. Pela manhã, os servidores pediram ao Poder Legislativo o arquivamento da proposta sob alegação deste ser inconstitucional.
“O caminho é pressionar, pressionar e pressionar o governo para que ele retire o projeto da Câmara Municipal, ponto. Se o prefeito não retirar vai acontecer isso. Vai se instaurar a greve se Deus quiser”, concluiu.
Após decretado o encerramento da sessão plenária, os servidores presentes em plenário interditaram o trânsito em frente à Câmara Municipal sob os olhares de agentes da GCM (Guarda Civil Municipal), STT (Secretaria de Transportes e Trânsito) e da Polícia Militar. Dizia um dos cartazes expostos naquela via: “Se não arquivar, Guarulhos vai parar”.