Guarulhos recebeu no último final de semana o VII Encontro dos Povos Indígenas. Segundo o responsável pelo evento, Awa Tupi, o encontro foi um meio dos indígenas lutarem pelas políticas públicas para os povos que vivem no Estado de SP, nas áreas de saúde, educação e terra. “Conseguimos em 2011 o primeiro centro de referência da cultura indígena. Em dezembro de 2013, conquistamos o primeiro centro de saúde indígena de Guarulhos”.
Segundo Awa, cerca de 5 mil pessoas entre índios e população em geral passaram pelo evento, que teve a abertura no Adamastor e exposições no Bosque Maia no sábado e no domingo. Houve também a participação de representantes da Funai, que que trabalham junto com os índios para que os direitos sejam cumpridos e que eles possam continuar compartilhando sua cultura.
Na tenda do Bosque Maia, os visitantes puderam conhecer um pouco mais da cultura indígena, além do artesanato. Logo na entrada, o público pode aprender um pouco mais sobre a cultura, assistiu apresentações de dança e canto e participou de sorteios.
Hoje Guarulhos conta com aproximadamente 400 índios de aldeias diferentes como Pankararé, Pankararú, Wassu Cocal, Tupi, Guarani, Kaimbé, Geripanko, Guajajara, Xavante, Pataxó, Tupinambá de Olivença, Xucuru e Terena, que vivem separados e moram em casas comuns, mas lutam para que seja disponibilizado um local para que possam seguir seus costumes e ficarem juntos.
A tribo Pataxó, maior aldeia do nordeste com aproximadamente 5 mil pessoas, tem seu representante em Guarulhos. Ubirajara Ianderú, 32 anos, morador de Guarulhos há cinco anos, acredita que o encontro resgata as origens e para “mostrar para as pessoas que os indígenas estão vivos”.