Legalmente, não há mais impeditivos para Endrick estrear pelo time profissional do Palmeiras. O jovem de 16 anos, completados na semana passada, teve o seu primeiro contrato profissional registrado no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF e já pode ser escalado pelo técnico Abel Ferreira nas partidas do Campeonato Brasileiro.
Assinado há uma semana, o contrato de Endrick tem vigência de três temporadas, que é o limite máximo permitido por lei, com multa rescisória de aproximadamente 60 milhões de euros (R$ 317 milhões, na cotação atual).
Endrick, no entanto, não pode atuar no momento porque está lesionado. Ele se recupera de entorse no tornozelo, provocado por um pisão em um jogo contra o Atlético-MG, pelo Campeonato Brasileiro Sub-20. Também trata de um trauma sofrido num treinamento.
Abel Ferreira já avisou que, embora seja o treinador que define a escalação, o aproveitamento do jovem atacante, tido como uma das principais revelações do futebol brasileiro, vai depender do próprio atleta. Segundo o técnico, se o garoto repetir nos treinos com o grupo principal o que fazia na base palmeirense, ele terá oportunidades.
"Se fizer o que faz na base vai jogar, como jogam os outros. Se chegar e mostrar que pode competir vai jogar. Se tiver dificuldade nós vamos lhe dar o tempo necessário. Vai depender dele", disse o português. "Endrick tem arrebentado no sub-20 e no sub-17. Vamos ver como joga com zagueiros como Gómez, Luan, Murilo. Quando subimos de nível, o nível do opositor também aumenta", avisou.
A ideia é inserir o atacante gradualmente no elenco principal. Como o Palmeiras trouxe recentemente dois atletas que jogam como camisa 9 – os gringos Merentiel e Flaco López – não há pressa nessa transição. Existe o entendimento de que alçá-lo ao grupo principal e deixá-lo sem atuar pode prejudicar o seu desenvolvimento. O garoto, a princípio, continua no time sub-20, disputando algumas partidas pelo Campeonato Brasileiro da categoria.