A energia elétrica ficou 4,52% mais cara em julho, o principal impacto de alta sobre a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta sexta-feira, 08. O aumento na energia contribuiu com 0,12 ponto porcentual para a taxa de inflação de 0,01% no mês.
“Energia elétrica foi o item que mais pressionou a inflação no mês”, afirmou Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do IBGE. “Sem energia elétrica, por exemplo, (o IPCA) poderia ter vindo até mais baixo”, acrescentou.
Houve influência das regiões metropolitanas de Curitiba, onde o aumento de 23,83% refletiu o reajuste de 24,86% autorizado em 22 de julho e retroativo a 24 de junho; de São Paulo, cuja alta de 11,79% foi decorrente do reajuste de 18% nas tarifas em vigor a partir do dia 04 de julho; do Recife, com alta de 3,94% resultante do reajuste de 35% no valor da Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública – COSIP, em vigor desde 13 de junho; e de Porto Alegre, com aumento de 2,55% em função do reajuste de 23% nas tarifas de uma das empresas locais desde 19 de junho.
Como resultado do aumento nas tarifas, o grupo Habitação também teve a maior variação entre os pesquisados no IPCA, com alta de 1,20% em julho. Também ficaram mais caros condomínio (0,95%) e aluguel (0,92%).
O aumento nas despesas com Habitação só não foi maior porque houve queda de 1,34% na taxa de água e esgoto. A tarifa aumentou nas regiões metropolitanas de Fortaleza (5,23%), Porto Alegre (2,65%), e Salvador (1,96%). No entanto, as contas de água e esgoto ficaram 9,11% mais baratas na região metropolitana de São Paulo. “Em São Paulo, as contas caíram ainda mais porque mais pessoas passaram a reduzir o consumo (de água) e com isso se beneficiaram do desconto de 30% nas contas que está acontecendo lá”, explicou Eulina.