Estadão

Engenheiro diz que Boeing minimizava temores com segurança na produção de jatos 787 Dreamliner

Um veterano engenheiro da Boeing, Sam Salehpour entrou com uma queixa em reguladores federais dos Estados Unidos, com a alegação de que a companhia minimizava temores com a qualidade e a segurança, durante a produção dos jatos 787 Dreamliner. Advogados do engenheiro afirmaram que, segundo ele, a companhia usava atalhos durante o processo de construção dos aviões 787 que provocavam pressão excessiva sobre importantes articulações e detritos de perfuração embutidos entre a articulações em mais de mil aviões. Os erros acabavam por reduzir a vida útil das aeronaves e poderiam ser difíceis de detectar, argumenta o profissional.

Em comunicado, a Boeing afirmou que as alegações eram imprecisas e que a companhia estava confiante na segurança dos aviões, que segundo ela estão sujeitos a monitoramento rigoroso da Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês). "Esta análise corroborou que essas questões não representam qualquer risco à segurança e a aeronave manterá sua vida útil por várias décadas", disse. "Nós continuamos a monitorar essas questões sob os protocolos regulatórios estabelecidos e encorajamos todos os funcionários a falar quando essas questões apareçam."

A FAA não quis comentar a queixa, recebida por ela em janeiro. Um porta-voz da FAA disse que relatos voluntários sem medo de represaria são um componente crucial da segurança da aviação e acrescentou que o órgão investigava todos esses relatos.

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