O Eniac, por meio do Centro de Inovação Tecnológica de Guarulhos (CiTIG), anunciou mais uma medida para colaborar com a sociedade neste momento de pandemia do novo coronavírus. A instituição está fabricando e distribuindo máscaras que protegem toda a face a profissionais da área da saúde.
Estes equipamentos de proteção individual (EPIs) são feitos de politereftalato de etileno (PETG), material que compõe a parte frontal e transparente da máscara, e E.V.A, responsável pela aderência do equipamento à testa do profissional. Com a utilização deste EPI, juntamente com o uso de uma touca e de uma máscara oronasal, a pessoa fica com a face completamente protegida.
“Além de não permitir a entrada de respingos pelo nariz e pela boca, a máscara que desenvolvemos promove uma vedação completa, inclusive na parte superior da cabeça. Nós nos baseamos nas normas da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) para fabricar este EPI e fornecê-lo aos hospitais”, explicou Sebastião Garcia, responsável pelo CiTIG e professor do Eniac.
Até o momento, a instituição doou máscaras ao Hospital Municipal do Tatuapé, na zona leste da Capital, e à Prefeitura de Guarulhos. “A ideia é atender a todos hospitais que solicitem o produto. Produzimos 100 máscaras em 24 horas, mas temos uma capacidade de fabricar até mil EPIs por semana em nosso laboratório. Vamos disponibilizar o projeto para que outras instituições também façam em seus municípios”, frisou Garcia.
De acordo com a professora do curso de Enfermagem e pesquisadora do Eniac, Luzcena de Barros, as máscaras feitas no laboratório da instituição possuem uma validade de até três meses, enquanto as oronasais, mais utilizadas pelos profissionais de saúde, devem ser trocadas a cada duas horas.
As máscaras são produzidas sob tecnologia Maker (impressoras 3D e cortadora laser) pelos professores e técnicos do Eniac que atuam no Centro de Inovação de Guarulhos, que é mantido e tem sede no próprio Eniac.
Para o mantenedor do Eniac, o professor Ruy Guérios, o momento que a sociedade vive, com a pandemia de Covid-19, exige atitudes de solidariedade. “Temos laboratórios, professores e alunos que fazem protótipos dos mais variados. Neste momento, o objetivo é usar essas ferramentas e pessoal para ajudar quem está na linha de frente no combate ao coronavírus, que são os profissionais de saúde”, apontou.