Enquanto a Polícia Federal concluía buscas que tiveram como principal alvo o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o plenário da Casa promovia, na manhã desta terça-feira, 15, uma homenagem ao Ministério Público. A instituição é responsável pelos pedidos de busca e apreensão realizados na manhã de hoje envolvendo políticos do PMDB.
A homenagem foi feita em comemoração ao Dia Nacional do Ministério Público, celebrado nessa segunda, 14. No plenário, foi feita a leitura de artigo do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, publicado no jornal O Estado de S.Paulo, no final de semana. Janot é um dos maiores desafetos de Cunha. O procurador é acusado pelo peemedebista de fazer uma “investigação política”.
O presidente da Câmara já foi denunciado pelo procurador-geral em uma das fases da operação Lava Jato, por corrupção e lavagem de dinheiro. Além disso, é alvo de investigações sobre a existência de contas secretas na Suíça que tiveram o parlamentar como beneficiário.
O secretário de relações institucionais da PGR, Peterson Pereira, fez a leitura do artigo de Janot no plenário. “Certa vez fui questionado sobre até onde iriam as investigações da Lava Jato. Respondi incontinenti: é preciso perguntar a essas pessoas até onde elas foram”, escreveu Janot.
No mesmo momento, agentes da Polícia Federal se encontravam na Diretoria Geral da Câmara e dentro da residência oficial do presidente da Casa, na Península do Ministros. Cunha acompanha em casa a operação, ainda em andamento.
