Um trecho de aproximadamente seis metros de calçada na avenida 11 de Agosto, que interliga as avenidas Tiradentes e Nossa Senhora Mãe dos Homens, encontra-se intransitável para os pedestres há mais de uma semana. Tudo por conta de um muro do clube do Centro do Professorado Paulista (CPP) que desmoronou no local e obriga quem passa ali a se arriscar andando pela rua, além de correr o risco de novas quedas de árvores, que encontram-se com raízes expostas.
Segundo o diretor do CPP, Nilton Pontes, a entidade deu entrada com uma solicitação à Prefeitura no Fácil para que fossem efetuadas podas de árvores, que provocaram a queda do muro. Na ocasião do acidente, motivado pelas fortes chuvas que atingiram a cidade nos últimos dias, outras duas árvores caíram no local.
"Tomamos as medidas necessárias, com o registro do pedido na Prefeitura. O muro caiu no domingo (23) e, na terça-feira (25) já estávamos dando entrada com os documentos", detalha. Desde então, Nilton afirma que aguarda a ação da Prefeitura sob o protocolo 5.089 da poda das demais árvores para realizar a reconstrução do muro.
Moradores indignados – Alheios à burocracia para poda das árvores, moradores da região mostram-se incomodados com a situação vivida. A aposentada Cleide Calazans, 54, afirma que o problema é maior do que a queda do muro. "Além dessa barreira, a calçada já não permite a passagem devido às crateras e desnível em sua extensão. Fica mais viável andar pela pista, mesmo correndo o risco de atropelamento", protesta.
A turismóloga Kenya Matos, 30, preferiu alterar seu trajeto por conta da situação. Antes, pegava o ônibus coletivo de sua empresa em frente ao muro, agora, transita até a Tiradentes. "Nesse muro tinha uma bica dágua, onde os mendigos lavavam suas roupas e pertences, o que pode ter causado a queda", sugere.
"Semana passada duas árvores caíram e derrubaram a fiação. Eles vieram, cortaram as duas e não podaram as outras. Mais uma chuva forte e outras podem voltar a cair", diz Kenya.
Prefeitura – A assessoria de imprensa da Proguaru informou que realizará uma vistoria no local hoje pela manhã para providenciar os serviços de competência da empresa.
Questionada, a Prefeitura não se manifestou sobre o que fará no local nem prazo para execução. A reportagem também questionou sobre a poda de árvores no local e não houve retorno.