Nas últimas semanas, centenas de animais que receberam a vacina antirrábica em São Paulo e Rio de Janeiro apresentaram graves sintomas adversos, como convulsões, falta de ar, tremores e falta de apetite. Infelizmente, alguns animais vieram a óbito, fazendo com que a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo suspendesse temporariamente a campanha em todo o estado.
A vacina, produzida em cultivo celular "tipo BHK" (em célula renal de hamster), foi introduzida no programa de vacinação em 2009 e utilizada previamente no Ceará, em Corumbá – MS. De acordo com o Ministério da Saúde, não foram registrados índices de efeitos adversos graves e óbitos semelhantes à campanha deste ano.
As reações observadas nos últimos dias mostraram prevalência em gatos (85,3%) e em cães de pequeno porte (em torno de 6,5 quilos de peso), e apresentaram índices maiores do que encontrados nos últimos anos no Brasil e descritos pela literatura especializada – afirmou a Dra. Rosângela.
Apesar da suspensão em São Paulo, no dia 20 o Ministério da Saúde divulgou nota esclarecendo que a campanha de vacinação será mantida em todo o território nacional.
A WSPA enviou carta ao ministério pedindo a suspensão temporária e sugeriu também a criação de um programa permanente de notificações, como um help-line ou website onde os veterinários privados e os que trabalham em CCZs e/ou CVAs pudessem reportar os efeitos colaterais e as reações adversas comuns ou incomuns apresentadas durante as campanhas.
